quinta-feira, 24 de junho de 2010

MEU PAÍS É UMA BANDEIRA, NÃO É UMA JABULANI (II)


Recriminam a televisão, muitos acham que ela passa maus costumes, e faz apologia à violência em cenas de novelas e filmes. Interessante, porém, é que ela é ótima , para entreter os filhos quando os pais estão ocupados ou com visitas. Mas não quero me atentar a esse "mínimo" detalhe. Quero pois, aqui, analisar a posição do Dunga , técnico vitorioso da nossa seleção de futebol, quando do seu "dia de fúria" acumulada desde que tornou-se dirigente da seleção. Ora, é sabido , que todos os brasileiros se tornam "técnicos" mesmo antes que a seleção seja escolhida, e imaginem, durante os jogos. Não justifica, porém, que resíduos de outras situações de enfrentamento com a poderosa Globo, ou com jornalistas de outras emissoras, possam servir de válvula de escape para extravasar sua mágoa com a imprensa. Quem tá na chuva é pra se molhar, e se desviar dos respingos pode e deve ser de forma civilizada, para isso há os recursos jurídicos. Ofensa ? busca-se denunciar aos orgãos competentes. Ana Maria Braga deu esse exemplo ontem. Voltando ao Dunga, estive vendo uma leitura labial aonde ele incentivava o ataque, ao braço do jogador machucado, da Costa do Marfim. Poxa, que comandante é esse, que não confia nos seus treinamentos, nem na competência dos seus treinandos, precisa incentivar a violência física e verbal em plena disputa? Que exemplo é esse? E o Kaká? precisava dar cotoveladas para que a gente não notasse o seu despreparo físico nessa campanha? Olha , que ele defende uma religião protestante, que prega a paz. Imagina se ele não tivesse esse freio moral/social. Bom, esses caras privilegiam músculos, vendem sua humanidade por glórias jabulânicas e ainda fazem xingamentos, diante das nações.
Meu orgulho de ser brasileira permance, embora arranhado, porque meu país não é uma JABULANE, meu país é uma BANDEIRA, que cobre um vasto território, povoado por trabalhadores explorados, que não são respeitados nem pela chuva, nem pelos políticos que os deixam "nus" e "molhados" até a alma, e os nossos impostos escoam nem sabemos para onde , pois a vida desses brasileiros não apresenta melhoria de qualidade. O que se gasta para remediar os estragos das enchentes, daria para alocar essas pessoas em áreas distantes de morros e rios. Enquanto isso, a jabulane rola, Dunga xinga, Kaká repousa, os políticos riem e os pobres morrem.

Créditos:
Imagem e texto: Lígia Beuttenmüller.

Um comentário:

karla sampaio disse...

Oi Ligita, amei os textos políticos, mas sentimos falta dos que falam da vida emocional. Mil bjs