sexta-feira, 13 de agosto de 2010

BORBOLETAS? NÃO...


A garota vivia caçando estrelas, mas não tinha intenção de percorrer todo universo para encontrar a estrela desejada, aquela que se diferenciasse das que ela já conhecia. Assim, dentro do seu coração havia a quase certeza de que não precisaria ir muito distante para alcançar o plasma luminoso com o qual sonhara sempre.
Mudava o horário de busca, entrava logo ao entardecer, mas não demorava muito, tinha outros afazeres pontuais. Dormia por pouco tempo, e na madrugada, quase ao dizer bom dia ao dia, enveredava pelos anéis planetários para encontrar a estrela que trouxesse em seu brilho os raios da paixão.
Passou por nuvens, enfrentou lampejos de raios, até que se deparou com uma quase estrela, quer dizer, parecia ter sido estrela, mas dava a entender que não queria mais emprestar seu brilho, pois se acostumou a ficar escondida entre outros corpos celestes e a brilhar para outros céus.
Mas o poder de sedução da garota, agora deveria ser colocado à prova, teria que dar um abraço que despertasse a estrela, e dar espaço para o sossego.
Enfim, a espera e a busca teriam que partir juntas, depois que a paixão se instalasse e bem antes que o amor rasgasse a pele.


TEXTO: LÍGIA BEUTTENMÜLLER
IMAGEM: Martha Beuttenmüller -Suiça-

4 comentários:

Anônimo disse...

rsrsrs. Achei minha estrela. :D :D

candice disse...

O texto é metafórico, mas muito interessante. A produção tá a mil, em Lígia. Adoro quando vejo vc utilizar bem o seu tempo.
Bjs

olga disse...

Querida Lígia;
Às vezes a estrela é uma pequena prova de que não estamos sós.Porém, a vida tumultuada e a insegurança dos riscos e das lágrimas ,,nos turvam de vê-la com profundidade.Mas saibas...ela está lá...esperando o dom mágico da arte da busca e da infindável sedução.
bjs minha adorável escritora
olga

Lisavieta disse...

Borboletas, estrelas, pele rasgada...
o caminho as vezes eh o q torna importante a busca!!
Um beijo enorme, parabens pelo texto.