quinta-feira, 30 de setembro de 2010

VOCÊ SE PERDEU DE MIM


Você Perdeu
Composição: Márcio Valverde e Nélio Rosa







Noves fora, quase nada. E era de vidro o anel
Meia volta na ciranda. Não há estrelas no céu
Não tem saudade nem mágoa. Meu amor fala outra língua
De você o que naufraga. De você só o que míngua
Sua graça não me anima. O meu pranto não é seu
Já dobrei aquela esquina. Onde você me perdeu



Foi você quem se perdeu de mim
Foi você quem se perdeu
Foi você quem perdeu
Você perdeu



Vou dizer num verso breve. Pra por num samba-canção
Que hoje a minha vida é leve. Sem você no coração
Hoje tenho quem desvele. Quem me vista à fantasia
Quem escreva em minha pele. Coisas que eu não lhe diria

Hoje a minha vida rima. E agradeço àquele adeus
Que eu vi naquela esquina. Em que você me perdeu
Foi você quem se perdeu de mim. Foi você quem se perdeu
Foi você quem perdeu. Você perdeu





Bendita Bethania, bendito show, pude experimentar na leveza do caminhar dela, como é bom viver tirando os pés do chão.
Cada música me levou a inúmeros sentimentos. Via nos aplausos da platéia a mesma evocação que eu fazia e a mesma leitura que explodia em gritos de aquiescência, de liberdade, de percepção contundente, onde as letras das músicas ganhavam vida e entrelaçavam amores ou separavam vidas com extrema significação.
O público cantou em uníssono com Bethania sem acompanhamento músical "Viver e não ter a vergonha de ser feliz".
Nesse momento gritou acho que para todo mundo, bem,  pelo menos para mim, como a vida é curta e como é bom traçar o que seja indiscutível para a possibilidade de ser feliz.
Ser feliz sem escancarar os dentes para esconder as tristezas inconfessáveis, mas revirar o coração e o cérebro e encontrar essa felicidade medonha que não se envergonha de ser feliz, sem medir  o estrago que possa provocar na opinião alheia.
 Hoje é o dia, e a cada amanhecer é o dia de lamber, degustar sol e flores, porque ainda não é a hora do adeus.
Qual o que? Destino eu traço na minha mão e não permito ferida nem rasgos no meu sentimento.
Eu determino se fico ou vou, eu construo ou destruo e com a mesma facilidade que um tufão arranca árvores, derruba estrelas, eu petrifico ilusões.
A mesma lágrima que cai e salga a minha língua, me faz sentir mais sede, e eu não recuo diante de um novo poço novo.
A vida não espera consertos, e o amor pede respeito até no reclamar da dor. O parto é sem mágoas , sem pena, sem saudade , sem dor, é o amor nascendo, renascendo como se fosse a primeira vez -Valisère-.





MÚSICA : MARIA BETHANIA



TEXTO : LÍGIA BEUTTENMÜLLER

Nenhum comentário: