quarta-feira, 20 de outubro de 2010

SEM MOLDURA, SEM ESCORA, SEM ESPORA



Hoje acordei com a sensação de revivência

De poder ilimitado sobre as coisas, no sentido de
revirar o mundo, sem catar-lhe os pedaços
deixá-lo apenas cair para depois se der, juntar os fragmentos.
Passar páginas, desocupar gavetas
e dar de pernas pelas esquinas da vida.
Queimar o ridículo e festejar conquistas
com a intensidade do novo de novo.
Pegar páginas em branco e escrever, escrever
sem bordar letras , nem pintar espaços
mas insinuar e incitar romantismo como se estivesse compondo uma sinfonia.
A sensibilidade aflora do coração às mãos
E me conduz para bem longe do óbvio.
Acredito no imensurável, no inesgotável.
E gosto, gosto de estar assim,
de asas lubrificadas para alçar vôo
sem a banalidade de outrora.
E sem rumo e sem rota desbravar o infinito,
o desconhecido, mas inevitável,
sem me preocupar com inflexões e reflexões
Deixar, ao menos hoje que a deriva, deslize e me conduza, que a sabedoria e a sensatez, descansem
E eu atravesse caminhos,
Corra risco, risque o espaço, atravesse nuvens
e sinta que o fim é uma trilha do recomeço, é bela e incerta, nada mais que um novo começo.
Os meus olhos brilham ,
e o meu coração se apazigua com a leveza de plumas,
sentenciado e condenado que está, a ser feliz.


 
Música : Ivan Lins e Simone
Texto : Lígia Beuttenmüller

2 comentários:

Caminhando nas NUVENS disse...

Correr riscos, lançar-se ao novo com o coração cheio de esperanças faz bem a alma, liberta os medos. Que o novo lhe seja surpeendentemente bom.
Beijos

Fernanda FER disse...

A liberdade é o bem que se busca desde que tomamos conhecimento das "prisões". Estar preso, só por braços e fim.
Bjs