sábado, 12 de novembro de 2011

DO MONOCROMÁTICO AO ARCO-ÍRIS







O medo  se veste de coragem, e desafia as cores com as quais pintamos as paredes das nossas vidas. Mudo – calada- o tempo e a vontade. Teço o regresso pra dentro de mim, reavivo a memória que era sonho e a trago – engulo- entre uma baforada e outra, para a luz do sol, sem sombras , nem deserto, sem dúvidas. Duvidas? Domino agora meus passos, delineio o percurso, mapeio o meu novo rumo, sem me preocupar com a sombra que me perseguia ao dormir, e eu achava que era teu corpo cercando o meu. Reviro-me na cama. Hoje  só minha, e não percebo a tua falta.
Agora me alargo e largo a tua ausência. Abraço o travesseiro e me aconchego no seu despretensioso abrigo. Então, não há mais sombras nas dúvidas. Sem amargor a liberdade alça voo. Não me lembro dos costumes, dos hábitos, e nem de você.
QUE O SONHO SE CUMPRA!!!.

Créditos e Imagem:
Lígia Beuttenmüller

Um comentário:

Helen Dayane disse...

adorei o texto... li, tornei a ler...
enfim... inundou-me os mais diversos sentimentos...

beijo em ti alma ancantada.
Helen Dayane.