terça-feira, 24 de abril de 2007

TRIBUTO A UMA PONTE NA AUSTRÁLIA


Vi as fotos e me apaixonei também pela ponte, (sempre me apaixono pelo desconhecido).Como é bom ter locais , fora de nós, que dêem pontos de referência à alegria, ao prazer, à felicidade. Não tão somente sirvam de sinalização geográfica, mas que se expandam até encontrar a linha limítrofe que une o sonho à realidade. Costumamos cortar essa linha tênue, quando nos aproximamos demais de um dos seus extremos: ora sonhamos demais, ora esquecemos de dormir, tamanha se torna a realidade . Leveza, é andar com equilíbrio, nesse território, sem a pressa e a rotina que o cotidiano, às vezes nos obriga (?) .
Defesas e desculpas arranjamos para nos afastar do eixo dessa linha, mas quando se tem uma amiga, que passa por uma ponte e a estende até ao imaginário, explode do coração da gente, a certeza de que ela, em algum lugar, é uma equilibrista especial: LISAVIETA



domingo, 22 de abril de 2007


MADRUGADAS

Todas as madrugadas parecem acabar depressa, porque o tempo não respeita os amantes, nem atende a voz do desejo que pede amorosamente a ele: por favor, pare... Conceda-nos o impossível, cristalize o momento, permita que a eternidade se imponha.
Mas que nada, ele vai saindo, manhoso na pressa de converter o presente em passado, e deixa ardilosamente a saudade em seu lugar. E o amanhecer, traz consigo as imagens e os sons do prazer ( em flash) como o pulsar da vida . Agora, o corpo, depois do descanso merecido, acorda conservando ainda o calor “morno” da madrugada “caliente”, querendo que o dia voe acima da velocidade da luz, e a madrugada chegue e seja a estrela da noite ; entre em cena, trêmula como se fosse seu primeiro espetáculo.


quarta-feira, 18 de abril de 2007

SIGNO VERSUS VINÍCIUS
Vinícius de Moraes
Você nunca avance em uma mulher de câncer.
Seu planeta é a lua.
E a lua, é sabido só vive na sua.
É muito apegada.
E quando pegada.
Pega da pesada.
É a mulher que ama
Com muito saber
No tocante à cama
Não sei lhe dizer...
O grande poeta , sem ser astrólogo, soube poeticamente falar desse signo, e como bendisse a mulher canceriana!!!- Jogou serpentinas e confetes no meu âmago -SOU CANCERIANA - Deu meu endereço, quando falou aonde moro; discerniu como vivo quando fala dos meus apegos à vida, às pessoas, e aos encantos da natureza humana. Legitimou a divindade dela sem se preocupar com a distância que a separa de nós mortais.
E quão bonitas são as noites enluaradas. Ele comparou o lar da canceriana , com a beleza da lua, pela fascinação que ela exerce nos românticos. Não raro, os apaixonados , perto ou longe do objeto amado, fazem referências e reverências ao seu poder de sedução. Usam-na como ponto de encontro, sem se importar com as nuvens, que atrevidas, pensam escondê-la e num pedido especial, dizem: vá à janela e veja a lua, sinalizando, que é naquele ponto, visto simultaneamente, que os seus corações, suas almas, vão se aproximar, embora seus corpos estejam a km de distância. A mulher canceriana, crédula e romântica por princípio, contagia-se , e a fusão se faz.Assim, estão duas pessoas , tão longe, e tão perto, visualizando a musa do universo, (ela tem a noite como o seu útero, tão aconchegante que nunca é hora de parir,nem de partir), fortalecendo suas certezas nessa emoção.Mesmo que ela nos engane – temporariamente -com suas fases,; deixa no compasso da espera cíclica, esse trâmite: quando Lua Nova é deslumbrante, quando Crescente encanta e , quando Minguante se desilude. Mas cria seu ciclo novamente, na certeza que nessa renovação, ela NUNCA deixará de ser a eterna , amada lua, tão bonita e desejada pelos amantes apaixonados. E são certamente, nessas noites, que a gente valoriza mais o dia. A noite vai vir e trará sua parceira insubstituível – A LUA – e quando ou se um dia, o dia não acabar, teremos a certeza que NUNCA MAIS ACONTECERÃO NOITES SEM SOL.Te espero na lua, nos encontramos nela, numa cumplicidade só comparada com o compromisso do dia com a noite . Amanhã, antes que ele finde, ela surge!