sábado, 27 de fevereiro de 2010

A GAROTA E O MAR



Ela adorava ficar na beira do cais, aliás, de qualquer cais: de oceano, rio ou lago, onde houvesse possibilidade de “navegar” , ver navios, barcos, botes , o que flutuasse por sobre águas lhe atraia. Até na lembrança os barquinhos de papel que trafegaram os córregos chuvosos das ruas da sua infancia, lhe davam a certeza de que "navegar é preciso".
Como primeira convidada, admirava o mar, e qualquer palavra que lhe lembrasse dele lhe deixava em profunda calmaria: ouvia rádio, e a atração que ele exercia sobre ela se resumia no fato de que ele vinha por ondas , e sem distinguir as
radiações eletromagnéticas, se eram longas , curtas ou médias, o importante era que as ondas a faziam lembrar dele. Quando ia usar o microondas , para uma lasanha pré pronta ou um lanche qualquer, o que lhe chamava a atenção era que no nome do aparelho tinha a palavra ondas, isso lhe remetia ao mar, e nem se importava com as oscilações eletromagnéticas que faziam com que seu alimento ficasse pronto. Todos os dias entrava em qualquer onda , mesmo aquela que seus amigos tiravam da sua “cara” , para depois converter em “sarro” , em conversas com outros.Essa sua predileção implausível pelo mar era a tônica do dia, pois ninguem sabia a causa e nem havia explicação convincente para essa tendencia injustifcada.
Para ela a vontade, de qualquer natureza , se encerrava em si própria.
Assim, acompanhava com os olhos e o coração a chegada ou a partida dos navios, e barcos., os invejava , sobremodo , por estarem com os cascos sendo tocados´pelo mar, e estivesse a saudade a bombordo ou estibordo, estaria em qualquer dessas circunstancias em contato com o mar. Ela os olhava até que eles sumissem no horizonte, levando tudo que estava dentro de si, até a esperança de poder vencer as ondas e ganhar o seu mar interior, que por mais turbulento, complicado e confuso, lhe trazia sempre a bandeira do encanto e da paz.
Para ela o mar era simplesmente o seu porto, mesmo que para os navios, barcos , veleiros , botes, sei lá pra quem, ele fosse apenas um ponto de passagem. Até quando, nunca se soube...
TEXTO E IMAGEM
Lígia Beuttenmüller

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

SAUDADE POLICRÔMICA E PONTUAL






Outra vez, estou falando de saudade, talvez porque ela ultimamnete tem traduzido “um aonde está você “ permanente, pontual, em minha vida , pois em cada imagem falada, escrita ou lida, ela me invade feito passarinho que pousa diariamente em uma janela, quando o dia ensaia nascer .
Aí, me pergunto por que não em outras tantas janelas, porque não pousa para tantas outras pessoas? Pousa acho, mas não essa, a minha saudade, aquela que não dói , apenas diz: "tô aqui, visse" ?
Não poderia de ser nenhuma outra razão um tanto menos complicada? Afinal um beija flor é um beija flor, e por que insiste em ser beija coração, beija juízo e corpo?
Hoje pela manhã, depois de uma noite quase dormida, pensei na chance de poder olhar para fora, ao menos dessa insistencia , e esquecer o poder de sedução/encantamento que esse passarinho tem sobre mim... mas quê ?

Daqui a pouco amanhece, e de uma coisa eu tenho certeza, ele vem pousar na minha varanda para beber a água açucarada que eu nutro cuidadosamente sem medir hora nem distância , simplesmente, porque eu não tenho absolutamente NADA contra essa visita matinal , que chamo carinhosamente de saudade.

Créditos de Imagem e Texto:
Lígia Beuttenmüller

domingo, 21 de fevereiro de 2010

E FIQUEI OLHANDO ....





...Na tela ...
As estopas,
As lantejolas,
A surpresa
O abraço
A despedida
O beijo
A saudade
Os estandartes

...e nem era mais carnaval.

CRÉDITOS DE IMAGEM E TEXTO

LÍGIA BEUTTENMÜLLER

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

NÃO FALA NADA, DEIXA TUDO ASSIM




Quem evitará que a saudade me consuma, e o meu tempo não dê tempo para outras coisas, a não ser ter a certeza da incerteza?
Quero a tua ausência doendo em meus os ossos, e a vontade de te ver seja tão grande que o mundo não caiba em mim. Que eu vá a pé, de ônibus, trem, barco, avião, ou o meu coração, se inquiete tanto, que me leve nas asas de um beija-flor.
As estrelas do céu mudaram de lugar tentando me enganar, me confundir , para que eu fique sem saber se é essa, aquela outra estrela, aprisionando o meu olhar ao infinito em tua busca.
Quando o dia chega e tu não vens eu lastimo por esperar o anoitecer embora tenha a in(certeza) que ele te conduzirá aonde estou: aqui esperando você.
Então descubro que a minha saudade não é das coisas que passaram, mas sim, das que hão de vir. E o que posso dizer mais? Ah! o tempo...ele se encarregará do fim.


CREDITO DE IMAGEM E TEXTO
Lígia Beuttenmüller

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

LAPSO DO TEMPO


O olhar prende , a fala seduz,busco nos sons o eco dos teus passos por caminhos que nunca andei, e desejo que numa curva qualquer da estrada ou numa esquina de uma rua eu te encontre e voce reconheça quem eu sou.
Por isso deixo rastros por onde passo e como João e Maria vou registrando a trilha, para não te perderes . As pegadas que deixo são sinais dos meus desejos , e indicações dos meus sonhos, para que você os veja e os siga, porque mesmo que não saibas aonde estou, terás meu rumo, para que o acaso nem o destino sejam as únicas formas do encontro.
Quando isso acontecer que o beijo e o abraço guardado por tanto tempo, sejam o modo que o sentimento usou para expressar que a espera foi apenas um lapso do tempo.

CREDITOS de Imagem e Texto
LÍGIA BEUTTENMULLER

PELA PORTA QUASE ABERTA



Esqueci de trancar a porta, porque achei que nem precisava, tamanha a certeza que o coração estava de férias, o corpo também. A distância era a garantia da impossibilidade do voo.
Mas por descuido meu ou cumplicidade dos astros deixei-a entreaberta, havia guardado o anel comprometedor, e sobretudo, perdido o cadeado e chave.
Entre cautelas, precauções e desmantelo, percebi agora que sei quem me chega, na madrugada insone; quem entra e nem bate à porta quase fechada, e sem me incomodar, se acomoda na mesa, na cama, se impregna em todo lugar. E quando não vem, ou não avisa a ausência , esparramo todas as saudades de uma vida inteira nos oito cantos da casa, e de mim.
Por isso não dá mais para trancar a porta, ignorar o sentimento, nem expulsar o ilustre visitante .
É deixar apenas quem sabe, que um raio de sol, de lua , ou de uma estrela cadente sejam tão brilhantes que descolore esse sonho.
Mas antes que eu adormeça, me desespere, ou esqueça, preciso segredar em seu ouvido: Ei, ei ... eu, já sei quem é você!




CREDITO DE IMAGEM E TEXTO
Lígia Beuttenmüller

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O ÍCARO QUE TEMEMOS



Vida linear, é a que nos agrada, a que nos faz pensar estar seguros. Pouco arriscamos sem a certeza de ganhar. Parece que as perguntas mais sutis, não devem ter respostas, pelo menos dentro de nós mesmos, porque a gente nem ousa faze-las, nem quando estamos a sós.
Tememos o conhecido , o passado, e o que nem sabemos se virá.
Fazemos emblemas, brazões com as nossas tristezas e desencantamentos colamos na nossa armadura existencial, e a usamos como escudo que nos livrará das más lembranças e das tentações que moram dentro, ao lado, fora , longe , perto. Escondemos nela nossas asas, com se Ícaro houvesse arriscado demais.
Mas como alçar novos voos se prendemos nossas asas ao frio glacial da alma?
Como sair de dentro do casulo pra virar borboleta se pensamos que não há mais jardins?
Como pudemos esquecer que só veremos o rosto do mundo se abrirmos os olhos?
Porque estamos sonhando de olhos e coração fechados, disfarçando a covardia que não queremos assumir?
A estrela dalva só conheceu o amor quando acreditou que o pequenino grão de areia poderia lhe tirar do ceu para viver fora dali. Arriscou cair/sair de lá e permaneceu estrela no ceu, porque a queda não foi para um abismo, mas apenas para renascer, numa estrela do mar.
As vezes ficamos vivendo qualquer história ou uma história qualquer e deixamos que a nossa vida siga ao sabor dos ventos, fases e ondas , e nem nos damos conta que o que era íntimo, tornou-se tão estranho, que nem o reconhecemos mais, pensamos, que o estranho ainda esteja em nossas entranhas.
Créditos de Imagem e Texto
Lígia Beuttenmüller

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

DEPOIS DO AMOR



A música diz assim: “depois do amor o teu conforto”. A gente quer o conforto por saber que só o prazer não basta . O prazer somente, não preenche, por isso os amores distantes, longínquos não vingam, mesmo que creiamos inicialmente que os quarteirões ou kilometros não representem afastamento e até pensemos dobrar o mapa para aproximar a distância, não há como separar o prazer do aconchego.
O que a gente quer, vai além do gozo e do prazer, tem que ultrapassar a geografia do corpo, tem que ir além da visita indescritível e momentânea ao paraíso.
A gente quer fincar morada, virar tatuagem no corpo e no coração do outro, pra descansar confortavelmente no beijo ultimo e no ombro amigo com o qual sonhamos, que ele fique à disposição não somente para o descanso do prazer vivido.
Ansiamos que ele seja amparo nas adversidades da vida, seja cúmplice das nossas verdades, companhia nos passeios, nas viagens, e nos faça crer que depois do amor o que vale é o conforto da alma pela certeza que as pernas tremem , mas o amor não estremece por estar ali, tão próximo e tão dentro de cada um de nós.
Mas, o que atropela a regra é a exceção, portanto, há notícias que amores que começaram distantes hoje estão juntos e outros que iniciaram juntos, hoje estão separados.
Bem, bom mesmo é estar junto, dentro e perto!

Créditos
Imagem e Texto
Lígia Beuttenmüller

domingo, 14 de fevereiro de 2010

TATAJUBA



Depois de despedidas, inúmeras e sucessivas , me vejo refletindo sobre a ausência, essa lacuna tão profunda que perfura sorrateiramente o espírito como um bando de cupim numa Tatajuba , que sendo madeira própria para a construção civil ou naval, depois de corroída não serve para ser casa, nem barco, portanto não abriga ninguém, nem permite a viagem que os sonhos fazem. Assim, a ausência é dura e cruel.
Quantas vezes, por causa dela , a gente quer virar seta reta de placa de trânsito ou flecha de índio, para rumar em frente. Ah! o quanto desejamos que as curvas da vida se estiquem para que não façamos retorno ao passado. Mas, somente eu,

permito que o passado estacione e seja mais valente do que o agora, porque depende de mim conservar a árvore, buscar sua sombra, mas posso preferir me escaldar nas lembranças do era – passado do não ser mais.
Volto-me ao presente e tenho o mar à minha frente , percebo a sua grandiosidade e até aonde minha visão consegue alcançar, diviso o horizonte . Para o navegador dos mares ele se distancia a cada aproximação , porém para quem não consegue vencer as ondas , o mar termina ali.

Nessa contemplação, a vida , me assalta, e me empurra para decidir entre debruçar na janela e viver das recordações ou pular por ela para desbravar matas e mares , céus e terras. Por isso não posso dar tempo à espera enquanto a vida segue.
Vale ressaltar que há muita coisa entre o céu e a terra, o “juízo” e o coração. Permito então, que o ( im) provável me faça uma surpresa.


Créditos de imagem e texto
Lígia Beuttenmüller

sábado, 13 de fevereiro de 2010

CONFIANÇA SEM FIANÇA


Dialogando sobre a confiança, tive a oportunidade de sentir o quanto essa sensação pode ser suave nas relações. Saí da concretude da junção “com – fiança” que a palavra encerra e experimentei a maneira mais especial de testar esse sentimento. Vi quanto alívio e refrigério traz para a alma a crença sem a rigidez da lógica. Como é importante acreditar no que é somente possível pela crença ingênua, aquela que não traz receio de estarmos enganados ou enganando.
Descobri quanta fé, a confiança exige. Ela quebra o alicerce dos céticos, porque se instala sem procedência investigada, sem fiador, nem avalista. Sentimos leveza e firmeza - sem o peso da culpa e sem forçar verdades - como se incorporássemos a sabedoria de Salomão e esquecessemos, que um dia Judas nasceu e trouxe consigo a semente da traição.
Cremos que não haverá nessa troca - quase de amor- denários para pagar, haverá sim, o tempo, aliado da vida, que será o fiel da balança e certamente valerá a pena ter construído uma relação amistosa com essa abstração.
Se o amor é cego, certamente serve-se dessa bengala, a confiança, para tatear com segurança o caminho cuja trilha desconhece, mas, sabe/sente que se ele, não existir no mapa, foi apenas a possibilidade doce de uma caminhada nas nuvens.

CRÉDITOS DE IMAGEM E TEXTO
Lígia Beuttenmüller

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

ORBITANDO



O último pensamento do dia é seu
E quando acordo,
você é a minha primeira lembrança.
Qualquer música,
leva-me à sonoridade da tua voz.
O sol me faz pensar no teu calor
A lua segreda a cor da tua pele
Assim planetariamente vivo
nas lembranças
e nunca no esquecimento
Até um dia te encontrar.


Créditos
Imagem e Texto
Lígia Beuttenmüller

SEM REBELDIA


Ela era noviça em tudo, muito pouco se tinha permitido aprender sobre a vida
Seu coração vivia em sobressaltos.
A cada sonho parecia ter tido pesadelos, não havia canção de ninar que a levasse a um sono tranqüilo. Da infância lembrava somente do "boi da cara preta" que viria lhe assustar e nunca conseguiu se desvencilhar nem da canção, nem do medo.
Se descuidava e perdia a cada esquina a surpresa que poderia encontrar, porque deixava de ver a simbologia que há na arte de viver, na penumbra, desconhecia o colorido da tela.
Dispensava as oportunidades do inusitado, que pode até nos tornar mais cautelosos em olhar o mundo, mas não nos impede de sonhar, e viver o minuto que precede o infinito.
Habitava na sua memória o esquecimento conveniente, e seu intelecto se atrofiava pelo medo de se arriscar nas possibilidades.
Não se dava conta da importância do endereço , da cidade, do lugar que poderia lhe servir de abrigo e morada. Nem sequer suspirava pelos segredos que inquietam, nem pelas verdades que transfixiam as mentiras.
Sumia de si própria, evitava confrontos e embaraços , e a sua sombra era tão medrosa que não fugia do clarão, permanecia inerte , estacionada permanentemente no lugar privativo que criara, enquanto o mundo girava.
Em uma rua imaginária se postava à janela, dava adeus sem ter de quem se despedir, fazia isso apenas para legitimar e contrapor a sua própria inércia , como se tivesse que provar a si mesma que existiu alguém em sua vida, além dela mesma.
Perambulava sem deixar marcas em portais ou umbrais, não imprimia pegadas nas estradas, caminhos ou veredas que passava, experimentava o morango sem identificar como ele se parece com um coração e nem o sentia tão doce como uma carícia.
Respirava sem suspirar, sorria sem gargalhar, falava dispensando o sussurro, lacrimejava mas não aprendeu a chorar, não reconhecia as perdas muito menos os ganhos, e se algum dia alegria a cercou, nem a percebeu.
Nunca soube que tinha forças para mover o mundo, o seu mundo.
Não tinha medo de morrer, então apressou a viagem, mas não antes de mandar um desconhecido escrever em uma lápide: Eu vivi!
Sete dias se passaram, não houve missa, ela não havia vivido, portanto, não morreu.

CRÉDITOS
Imagem e Texto
Lígia Beuttenmüller

ANA AMAR IA


Ana Maria ia amar no mar
Ia ao encontro do amor no mar
Sedenta de paixão, entrou na água
Insana... deslizava entre as ondas
Molhava o corpo e dissecava a alma
Sentia na pele o sol e na boca o sal
Adentrou
Ia ao encontro do amor no mar
Apressou-se sem lembrar
que não sabia nadar
ANA AMAR IA
IA AMAR
IA
CRÉDITOS
IMAGEM E TEXTO
Lígia Beuttenmüller

AGRIDOCE



Estar apaixonado é viver em superfícies planas e abismos, é voar e rastejar, é crer e desconfiar, é buscar espírito e encontrar corpo, é querer juntar grãos de areia para construir castelos e não dispor de terreno.
A paixão tem sabor, tem sim, é uma emoção que traz prazer e dor. O prazer esfumaça, a dor persiste por não encontrar o aconchego dele, do prazer, então faz a gente perder-se sem rumo, sufocar-se no efêmero, pegar carona no que é passageiro.
Ela não consegue permanecer entre o ceu e o inferno. O ceu é muito frio, e o inferno muito quente. Mas que fazer entre temperaturas tão antagônicas?
Ah, se pudéssemos ou soubéssemos transitar nessas plagas, sem morrer de frio ou arder sem se queimar.
A vida que decidimos , foi escolher o insípido, o deserto , entre lagos, rios e mares, embora saibamos que o oásis é só ilusão, mas precisamos dele para permanecer na busca do que nunca perdemos, porque não reconhecemos o que já havia chegado. Não soubemos administrar as torrentes, por não apostar que haveria sempre a possibilidade do tempo de apaziguamento.
A paixão era ácida, e doce ao mesmo tempo, um doce amargo.
Assim, a distância se encarregou de separar definitivamente o mel e o jiló, restando certa amargura em saber, que a receita da mistura da dor e do prazer não funcionou.
Em tempo, erupções vulcânicas e larvas decorrem da acomodação terrestre, portanto, não são permanentes.
Créditos de texto e imagem
Lígia Beuttenmüller

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

PÁSSARO BORBOLETA OU FLOR




Amo, penso e declaro
Nem preciso esconder
O amor que sinto por você.
Meus olhos brilham e encandeiam-se,
Com a luz que eu vi em teu olhar.
Sabes que a distância me limita
Porque meu corpo não pode alcançar o teu.
Mas meu coração cria asas.
E ele no teu jardim,
virando
Pássaro, borboleta ou flor
Dirá q
ue eu te amo,
Amo, amo muito assim

CRÉDITOS
Texto e Imagem
Lígia Beuttenmüller

domingo, 7 de fevereiro de 2010

COMO QUISERES


Que venhas
como a noite trazendo o dia,
O mar tragando as ondas,
Os pingos d’água anunciando a chuva,
O sorriso, vestindo a alegria
A dor, marcando a saudade
As estrelas, iluminando o ceu
A paixão, que antecede o amor.
Que venhas quando quiseres,
E eu
virando sol, virando lua,
sentirei que a hora da espera acabou
CRÉDITOS-Imagem e Texto
Lígia Beuttenmüller