quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

BUTTERFLY

Butterfly, sinônimo de tanta coisa. O seu colorido encanta, porém prefiro esquecer sua beleza e pensar em suas asas, tento uma simbiose afetiva e clara nessa relação. Necessito de suas asas e não dispenso a metamorfose inclusa no seu desenvolvimento, pois um vôo requer planejamento das etapas e dos processos. Sou amiga dos pássaros,mas eles já nascem prontos, a borboleta não, ela é um caminho. Nada mais interessante que esperar que o trigo se torne pão, nada como sentir fome e saber que pão não nasce em árvores. Cada vez que me oportunizo a descobrir , e até chegar lá, tenho no compasso da espera, a chance, de me preparar para o grande momento. Permito que suas asas me sirvam para afastar-me do chão, perder a noção da gravidade e engravidar os meus sonhos. E que viagem empreendo à minha fantasia! O sonho é o combustível indispensável para que a vida se torne mais amena, esperar é a decência da utopia. Sonhar é utópico, mas , viver o sonho, é torná-lo realidade.
Espero, sem enfrentar filas, sem conturbar minha consciência, sem ter pressa. Eu aprendi que o dia chegará com todas as cores imagináveis, com toda a força do possível. Dispensarei momentâneamente as asas, desfarei essa relação simbiótica com a borboleta e porei novamente os pés no chão, e direi: esse chão é o resultado da minha espera.
Eu creio, sim!