domingo, 10 de maio de 2009

O IMPOSSÍVEL ( POSSÍVEL)


Porque buscamos o que está longe? Mesmo sabendo que é impossível trazer, buscar, içar, o que por alguns momentos, instantes, ou pela eternidade estará tão inacessível?
Não há entendimento racional quando a emoção toma conta do pedaço, isso é verdade sim!
Buscamos preencher aonde não há espaço desocupado, compramos bilhete de uma peça que já esgotou a entrada, queremos ver o filme que ainda não foi lançado, pensamos ser donos do que não está à venda nem hipotecado.
Giramos nessa doideira existencial querendo fazer parte da parte de alguém, assim, procuramos capitanias, e sem sermos herdeiros descendentes queremos tomar posse. Sentimos-nos descendentes dos vinhais, e nem cultivamos as parreiras.
Embriagamos-nos de toda e qualquer possibilidade de abraçar quem nem braços tem, para recepcionar nossa alegria.
Ficamos sós, tão sós, e nem percebemos a multidão que nos cerca, porque nela não há a pessoa que elegemos numa particularidade especial, que é aquela que não precisamos buscar, nem ser encontrados, ela apenas surge e a gente reconhece e por ela somos reconhecidos!
Inebriados pelo desejo, o sonho e a paixão não conseguimos vislumbrar que o possível em algumas situações é momentaneamente impossível, e que metaforicamente o impossível, é simplesmente sempre possível.
Texto: Lígia Beuttenmüller
Imagem: Gloogle Imagens

segunda-feira, 27 de abril de 2009

A VIDA É ÍNTIMA, ÍNFIMA (?) E PARTICULAR



A minha sede está na proporção do copo d'água; acabou a água, penso em limão, a sede passa! Lígia Beuttenmüller


A nossa capacidade de agir, advém da nossa capacidade de pensar, porque o pensamento é a possibilidade de sobrepujarmos as adversidades ou festejarmos na alma as vitórias.

Uma pessoa pensante, é aquela que questiona introspectivamente; é aquela que vive digladiando-se com as dúvidas e certezas, que consegue colocar a mão no queixo e olhar para os pés , por isso consegue ver aonde pisa. Porém, há pessoas que colocam a mão no queixo e só espantam-se e morrem pelo medo. No entanto os que põem a mão no queixo e olham onde os pés estão plantados, naturalmente querem saber em que terreno pisa.
Os que ficam esbarrando nos dois parâmetros: ora...ora, ou se ...se... Podem perder-se enquanto o mundo gira.

O pensador se encanta e encanta. Ele tira a volatilidade da palavra quando a retira da cabeça, expõe no discurso , registra no escrito , planeja e age.
Do outro lado estão os queixosos que transferem para a natureza, Deus, condições financeiras, sei lá o quê, seus infortúnios. Exigem da vida um compromisso de alerta, a sinalização das oportunidades, - essa é a tônica dos desesperados, no entanto teriam alcançado seus sonhos se criassem a competência do reconhecimento, do discernimento do que por vezes parecia estar tão distante, na realidade estava tão perto(dentro) de si.
Mas há ainda os que consideram que, se tivessem reconhecido as oportunidades , não seriam um contador das histórias dos outros, - estariam contando as suas próprias histórias-, não estariam hoje lendo o script que lhes foi dado por um autor que não sabia nada sobre sua vida.
Há ainda os que conseguem dar um rewind para alcançar o passado, voltam a fita tantas vezes seja necessário para entender o desenrolar das suas vidas e geralmente não conseguem.
É difícil mesmo, assumir que a chegada não deu certo porque direcionamos o olhar para um outdoor que exerceu tanta fascinação que desviamos a atenção para a rota que havíamos traçado.
Mas como se pode chegar a algum lugar se ao menos nem sabemos, com quem, porque, para que, e para aonde vamos? Dificilmente conseguiremos traçar uma rota para tantas vertentes.
Nesse momento, é mais fácil mesmo, culpar a sorte e o destino, do que entender que as nossas decisões são o reflexo dos nossos desejos, dos nossos caminhos, do nosso percurso , do nosso caminhar.
Viajamos pela vida afora e em muitas dessas viagens, nos interessamos apenas pelo local escolhido, esquecemos de planejar o percurso. Fazemos o que nos parece mais fácil, e nem percebemos que a rota foi deixada no automático, permitindo que outras pessoas, direcionassem o vôo .
Ah não! A vida é íntima, ínfima (?) e particular, nascemos sós - os gêmeos são exceção- morremos sós - os acidentes coletivos também são exceção- assim a solidão de cada um na vida ou na morte será sempre , naturalmente só.
Portanto, quando o copo esvaziar, e a sede insistir em permanecer, decida se quer lavar as calçadas por onde passou e refazer sua direção, ou se exasperar, com a água, tão salgada como a água do mar, porque o sabor salino virá das lágrimas que você “imbecilmente” decidiu inundar a sua alma.


Imagem : Google imagens
Texto : Lígia Beuttenmüller
Direitos reservados

quarta-feira, 11 de março de 2009

SOS – INMETRO CANÔNICO E LEGISLATIVO



Alguém, por favor pode me indicar em qual texto bíblico, está inserida a excomunhão? Os dois tipos de excomunhão (pena) para os crimes (pecados) graves: a latae sententiae (automática, que dispensa um processo para sentenciar a excomunhão, como no caso do aborto, por serem delitos de altíssima gravidade) e a ferendae sententiae (decretada após um processo) foram estabelecidos por quem? Se fazem parte do Direito Canônico, foi escrito também por homens assim como as leis brasileiras, no tocante ao aborto em casos especiais, como esse da garota de Alagoinha. Cada um cumprindo o que a lei que eles mesmos (os homens) criam.
Dessa complicação toda, o que li na Bíblia, foi o que Jesus quis dizer quando Pedro lhe perguntou até quando deveria perdoar seu irmão, se até sete vezes. E Jesus responde: “Eu lhe digo: Não até sete, mas até setenta vezes sete”. Mateus 18: 21-35
O Arcebispo Sobrinho mesmo tendo o curso de Doutorado em Direito Canônico, Especialização em Direito Canônico (1957-1960) além de Teologia Faculdade Carmelita, Roma / Itália (1953-1957), Filosofia Seminário Carmelita, São Paulo-SP (1951-1953) me parece ter esquecido dessa simples conta matemática ( aprendida no Ensino Fundamental) que Jesus tentou ensinar a Pedro. O arcebispo verbalizou em Rede Nacional a excomunhão dos médicos e da mãe da criança.
Por isso continuo à toa ou atéia . Não dá mesmo para ser humana e tentar a santidade vendo os representantes das religiões descumprirem o que Jesus ensinou. Portanto continuo fora da roda, quem sabe perceba melhor o que se passa. Certamente corro menos risco de ficar tonta e incorrer em incorporações de Deus.

NOTA:
Se no Direito Canônico o crime de estupro é mais leve do que o do aborto, não seria mais sensato tarar a balança de novo? Porque esse crime não será o último , outros pervertidos à essa hora estão praticando abusos em crianças nas igrejas, praças e nas casas. Em tempo, esse alerta se estende também aos políticos, para rever as leis de punição para todos os crimes praticados no Brasil.
Texto : Lígia Beuttenmüller
Imagem : Google Imagens

domingo, 8 de março de 2009

MARKETING EXCOMUNGATÓRIO



MARKETING EXCOMUNGATÓRIO

Nesses últimos dias a Igreja Católica está sendo evidenciada nas mídias, pelas declarações do Arcebispo Dom José Sobrinho.
Ele “pode” ser porta-voz da Igreja na excomunhão de profissionais da saúde, que sob o olhar médico decidiram pelo aborto, respaldados na lei criada pelos legisladores brasileiros e no Juramento de Hipócrates.
Porém, considero que o Arcebispo não atentou para o fato de que os médicos optaram pela vida sim, a vida de uma menina que não tinha compleição física para continuar com a gestação.
Persistem em mim algumas perguntas:
Por que as religiões entorpecem os neurônios de muitos? Elas criam leis para atender aos seus interesses internos, penso que quanto mais gente nasce, mas possibilidade há das igrejas ganharem dinheiro com batizados e casamentos. Aliás, a riqueza é abominada na Bíblia, mas no Vaticano tem até Banco para guardá-lo, e outras Igrejas tornaram-se impérios religiosos porque arrecadam muito, muito dinheiro.
Os religiosos citam que ” é mais fácil um camelo passar por um fundo de uma agulha, do que um rico entrar no céu” . E não venham falar em metáforas, pois quando os versículos (Mt 19,23-26; Lc 18,24-27) bíblicos dizem “rico” ele quer dizer “rico”, se Jesus quisesse dizer “aquele que tem apego as coisas matérias” estaria escrito “aquele que tem apego as coisas materiais”.
Outro questionamento é que sabidamente os chefes religiosos têm plano de saúde, e essa pobre menina irá depender do SUS (Seu Último Suspiro) para compreender, e sublimar tamanha tragédia em sua vida, em sessões semestrais e ficará velhinha até ser dispensada do tratamento, dada a distância entre as sessões terapêuticas. Os gêmeos tiveram sua “viagem apressada” pela lei dos homens, segundo o Arcebispo, mas deixa em mim certo alívio - foram para o céu- um lugar que os religiosos asseguram que é para os bons e inocentes, (afirmação dos que nunca foram lá).
Embora a maioria das pessoas fale tão bem do céu, não conheço ninguém que queira ir AGORA, eu, por exemplo… NUNCA!
Por que esses piedosos não oferecem um resgate digno para essa menina? O tratamento psicológico que o governo vai assumir não mata a fome nem a miséria, mas dinheiro sim.
Por que as Igrejas não começam a pagar impostos e estes passem a ser revertidos em ações para melhorar as condições humanas? Que tal um CPMF Episcopal?
A vida é ruim para os desprotegidos pela lei humana, porque o resultado da lei divina só será (?) conhecido no julgamento final, mesmo que alguns insistam em assustar aos menos avisados, eu na realidade nem ligo para esse tipo de informação!
Mas se a ida para o céu não dependesse da morte gostaria de ficar à porta para ver quem iria entrar, e certamente ficaria surpresa em ver muitos Corretores Celestes descendo na escada rolante que adentra ao inferno.

NOTA:Corretores Celestes - os que vendem terrenos aos fiéis, cuja propaganda da cidade celestial está no livro do Apocalipse 21:10. Eles vendem moradia por uma módica prestação mensal de 10% ou pelo tamanho do convencimento, sobre tudo que ganham (conheci uma senhora que dava a metade do salário). Morreu. Talvez um dia eu saiba se ela recebeu as chaves da morada.
TEXTO: LÍGIA BEUTTENMÜLLER
IMAGEM- GOOGLE IMAGENS

sexta-feira, 6 de março de 2009

QUANDO A EXCOMUNHÃO VIRA NOTÍCIA INTERNACIONAL





Bastou um Padre enviar uns profissionais éticos para o inferno , e a mídia tomar conta de tal fato.
Muito interessante a Igreja ilustrar através de um Padre sua ignorância histórica sobre esses arroubos de excomunhão!
Dom José Cardoso Sobrinho, coitado, esqueceu que o retorno do inferno para o céu, já foi reenvio pragmático de pelo menos um Papa , salvo engano João Paulo II, que deu o passe de retorno para Galileu Galilei depois de trezentos e cinqüenta anos de uma vida “infernal” – em 31 de Outubro de 1992 - .Como é fácil a Igreja Católica administrar essa ponte aérea Céu-Inferno.
O ilustre Dom José Cardoso, pega o passaporte dos infiéis e determina a viagem, sem escala , para o inferno, esquecendo que as leis de Deus foram escritas por homens. Ora , a cada Constituição modificam-se , incluem-se leis respaldadas nas necessidades da sociedade contemporânea de se organizar mais “justamente”.
Um padre cujo sobrenome é Sobrinho, é e pode ser parente de alguém, no entanto nunca foi pai, nem mãe de ninguém. A vítima é apenas uma criança de 09 anos que corre o risco de morrer, porque foi abusada por um excremento de gente , com instintos inomináveis de um homem mal projetado pela natureza e que se vale da impunidade para atender sua indecência sexual, estraçalhando uma vida, que nunca acreditará no amor, porque foi levada ao sexo antes de entender e viver o fascínio que essa emoção tão contagiante impele naturalmente para o prazer.
Admiro-me? Como um eclesiástico, levanta a bandeira da preservação da vida, numa gravidez de risco, onde a mãe pode morrer para dar a vida aos gêmeos. Pelo meu conhecimento bíblico, só um homem, dizem, deu a vida por nós.
Acho que esse Padre não leu a Bíblia toda, porque no Velho Testamento valia o fim, desprezando-se os meios, senão a Aldeia de Ur, não teria sido aniquilada, dizimada pelo propósito dos “Sem Terra Bíblicos” em se apossar da prometida Canaã. Naquela população quantas mulheres grávidas foram mortas pelo escambo de um pedaço de terra? Observe Padre sem dom, que a terra era do mesmo tamanho que é hoje, havia tanto espaço, que um dia eu nasci num lugar que não fazia parte do roteiro de Moisés.
Homem vá cuidar do rebanho que freqüenta a sua igreja , e reze, reze muito, para que o Padre que a administra seja na periferia ou no centro, em Roma ou na longínqua Alagoinha, não faça parte, nem seja inserido na lista dos padres pedófilos, tão comuns na história sangrenta da sua Igreja.
Em tempo, repito, não sou atéia, to é à toa nessa vida! Vivo fugindo da morte e das leis e dogmas que permeiam as religiões. FAÇO O BEM, OLHANDO SEMPRE A QUEM!

Imagens Google Imagens
Texto: Lígia Beuttenmüller - Direitos Reservados

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

ANÁLISE LÉXICA OU BRINCADANDO COM OS SINAIS



Era domingo. Ele estava com os pseudo-neurônios rodopiando na cartilha onde morava , foi pensando em tanta coisa ao mesmo tempo que fez imensas paradas , analisando os sinais dos "porém’s" que iam surgindo em seus pensamentos.
Ia se surpreendendo e descobrindo como eles enobrecem a escrita. Passou a observar a funcionalidade deles nos textos e vê-los como vestimenta e adornos das letras escritas quando o sinal sobe para ¨apostrofar¨, e principalmente se esse mesmo sinal se junta para envolver de mistério a palavra nas aspas.
começou a fazer uma análise maluca sobre eles e foi se apaixonando pelas reticências, pelas exclamações e todos os outros, inclusive por si próprio.
Começou então sua análise pelos pontos finais, e conceituando que eles são representantes do término da busca, ou o início de novas partidas, ou ainda simbolizando os encontros quando se sobrepõem (:) , na chegada a alguma conclusão ou nas despedidas ao nunca mais.
Notou que cada vez que uma reticência aparece, parece que a gente está querendo mais fôlego para retroceder e voltar para onde nos perdemos, correr ou parar para pensar , ou ainda para permanecer remoendo esperanças.
Contemporizou... as vírgulas, são pontos com rabinho ou são rabinhos com cabeça? Elas servem para dar compasso ao ritmo textual, são amigas do ar pausado e quando se junta ao ponto se enche de justificativas. E quem não fica satisfeito em saber que as vírgulas, condicionam a parada para o entendimento de uma explicação?
Daí pensou na interrogação e... Acho que ela surgiu da exclamação, que de tanto perguntar foi se contorcendo, se inclinando... Para ouvir num intimismo as respostas, quase dando uma volta em si mesma, e como numa semi- introspecção apoiou- se num ponto para não perder a sua referência nem seu equilíbrio. Elas não se importam com as respostas recebidas se positivas ou negativas, e mesmo que sejam um sim, não se voltam para cima, não se desentortam , permanecem na dúvida (serão sábias ?).Lembrou-se então dela na grafia espanhola, elas se sentem tão sozinhas que uma fica de cabeça para baixo e a outra para cima olhando-se vesgamente, como se quisessem aprisionar a sonoridade da pergunta e se impor às respostas para não serem esquecidas.
Ele empurrou as idéias para outra página, ficou indeciso se pensava num “tom” grave, ou agudo, mas preferiu um hífem para causar um compasso da espera. Pegou um “chapéu” (^) convidou amorosamente o Ç e foi para a casa do til (~), sem tremër.
Ele, ele era apenas um Ponto( .) que brincando de escrever com uma vírgula ( , ) formavam um ( ; ).


P.S. Assim, os “pontos” representam nossas emoções na leitura que fazemos do mundo !
TEXTO E IMAGEM : Lígia Beuttenmüller
Direitos Autorais Reservados

domingo, 8 de fevereiro de 2009

A DECÊNCIA DO SABER

“Dois e dois são três” disse o louco.
“Não são não!” berrou o tolo.
“Talvez sejam” resmungou o sábio. Skepsis

No campo sagrado onde faço minhas reflexões fiz uma viagem bucólica quando li essa frase, mesmo assim a ingenuidade foi perdendo-se e eu pude me desvencilhar da ilusão para compreender a realidade que ela me trouxe.
Acho interessante como é difícil entender as pessoas, totalmente.
Estou diante de três pessoas (que não são unas) e que por causa das suas assertivas foram classificadas de acordo com suas respostas ... Questiono se o “louco” não poderia ser simplesmente um analfabeto funcional matemático; se o “tolo” seria alguém bastante teimoso e não necessariamente um desconhecedor de números, ou ainda, um romântico ou filósofo que estaria contestando uma pseudo-verdade. Porém o sábio é um sábio, Salomão que o diga! A sabedoria dele estava respaldada na dúvida , e foi a dúvida quem decidiu quem era a mãe da criança.
Na frase inicial do texto as pessoas estão diante de uma pergunta que os incita ao questionamento de como viam os números, suas combinações e os seus resultados.
Mas quem deles estaria certo? Todos. Cada um com um mundo matemático diferente em sua cabeça. Considero que a verdade de cada um é a sua lealdade a si mesmo.
Verdades são a construção do entendimento que fazemos sobre pessoas, coisas e números. Elas não são invariáveis, sofrem mudanças naqueles que têm mobilidade no olhar e se incomodam sobremaneira com a estagnação. Não há verdade plena nem absoluta, há sim a verdade da hora, que quando modificada, não assume ares de mentira. O que seria da ciência que condenou por décadas o uso do café e hoje já divulga seus benefícios à saúde?
Concluo que sábio é aquele que desconfia, sempre desconfia e, sistematicamente elabora rumos para que a incerteza não perca a sua elegância e a sua modéstia.
Assim, os que escolhem a certeza perdem o privilégio de serem considerados, pelos menos momentaneamente, sábios.
P.S. Na mitologia grega, Atena, deusa da guerra e da sabedoria, tinha uma coruja como mascote. Os gregos consideravam a noite como o momento do pensamento filosófico e da revelação intelectual.
A coruja, por ser uma ave noturna, representa a busca pelo saber.

Texto Lígia Beuttenmüller
Imagem: Google imagens
Direitos autorais reservados

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

A SOLIDÃO E O ESPELHO

A SOLIDÃO E O ESPELHO

“Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma." Fátima I. Pinto.



Senti saudades do Aurélio e dei um tempo ao Google, queria buscar um sinônimo para terminar de digitar um texto científico. Ai pensei na solidão dele – a do dicionário- ao qual fui desprezando sua companhia depois do advento da informática e com ela o surgimento dos sites de busca. Por causa disso resolvi hoje, falar sobre ela - a temida solidão.
Pensando, descobri outras solidões, por exemplo, a da palavra sem som, que por mais bem escrita, grafada, será apenas lida, e não terá o charme, nem a força da palavra dita.
Diante desses devaneios, comecei a lembrar de quantas pessoas do meu ciclo de amizade , “detestam , odeiam “ a solidão e comparando minha vivência e a minha estreita relação com ela ,
percebi o quanto essa "coisa medonha" me faz bem.
E lá no dicionário vi que a palavra "solidão" significa: estado de quem se sente ou está só. Pareceu-me que a maioria sente, como se realmente estivesse faltando algo ou alguém, daí conclui que talvez seja o medo que as pessoas tem de confrontar-se, pois não haverá ninguém para perguntar ou responder, só elas a elas mesmas.
Interessante como a solidão é tão importante para o meu equilíbrio interior, eu a utilizo como espelho, para na prática reproduzir a imagem de mim mesma, a quem elogio e recrimino, abençoo, ou abomino, por isso a considero como minha única companhia verdadeira, e não a dispenso , nem que eu esteja numa multidão,
dada a sua importância em minha vida.
Minhas dúvidas, eu posso espalhar ao oriente, ao ocidente, ao norte e ao sul, e incumbir ao vento de distribuí-las aos “fofoqueiros de plantão” tornando coletiva minhas inquietudes,
no entanto somente dentro de mim,
é que o vácuo se fará e terá eco para responder as minhas interrogações.
Desta forma, estar só, é questão de preferência existencial.
Os acessórios em qualquer contexto sempre poderão ser dispensados ou trocados (pessoas ou objetos), no entanto a essência, essa é, imprescindível para acopla-los. E nunca eu poderia dispensar-me de mim mesma, pois a solidão é meu adorno.
O espelho é o instrumento que nós mulheres usamos para poder passar baton, e eu aproveito sua utilidade , empresto-o a minha solidão , para que ela possa "xerocar "
a minha alma.

Texto e imagem : Lígia Beuttenmuller
DIREITOS RESERVADOS

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Mr. JAMES

JAMES

Aquela era sempre a hora de acordar, havia disciplinado seu relógio biológico para despertar, e este era tão fiel ao seu comando que nem era necessário dispor essa tarefa para um equipamento com mecanismo digital ou analógico.
Num dia de seu aniversário, tempos atrás rcebeu de presente um relógio belíssimo com designer infantil, (parecia um brinquedo desses vindo do Paraguai), era um relógio com formato de galo que quando programado para despertar abria a “goela” e soltava o sonido que um galo faz ao amanhecer.
No início do uso, ficava encantada com aquele som nostálgico, que lembrava a roça, a granja, de qualquer lugar interiorano. Mas ao passar do tempo, foi perdendo o encanto de ser acordada pelo som de um galo em plena metrópole, porque ao abrir a janela do apartamento,
enfrentava o caos sonoro de uma cidade que gira em quatro rodas.
Passou a questionar sobre a ilusão e a certeza, então decidiu dispensar o som romântico e bucólico embora tivesse que enfrentar o concreto.
Preferiu sair dos minutos surreais , retirou as pilhas do despertador e deixou-o guardado num armário. Não queria mais enganar-se com um galinho de mentira.
Por ser acordada sempre na mesma hora, aproveitou o hábito para treinar acordar sem que fosse despertada por qualquer dispositivo.
Conseguiu.
Agora não precisava mais ouvir nenhum som para pular da cama. Pouco tempo depois , arrumou as malas e foi morar na cidade em que havia nascido, no interior paulista, aonde os galos cantavam de verdade.
No caminho de volta para casa sorriu, lembrando que o novo inquilino ao abrir a porta da sua ex-moradia , iria ser recebido por um galinho sem pilhas, o James.
Texto e Imagem : Lígia Beuttenmüller
Direitos Autorais Reservados

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Keep walking

ETERNIDADE PARA QUÊ? PARA QUE...
Ah! O nome eternidade enfeitiça meus olhos e embriaga a minha lucidez porque tudo que temos seja representado por coisas e principalmente por pessoas nos faz querer que seja para sempre, desde que nos dêem o retorno do prazer.
As alegrias, as esperanças, as pessoas, os amores, o dinheiro, queremos que durem, durem, e nos entristecemos se eles nos abandonam, por isso nos angustiamos na ante-sala das perdas.
Desejamos que o amor nunca terminasse, cremos que ele está de costas para o “acabou”, simplesmente porque o queremos infinitamente.
Ora, se o amor faz parte da vida, e sem ela não podemos amar, porque não nos preocupamos com a certeza de que um dia a vida vai acabar? Não amamos a vida e as coisas boas que ela nos oferece? Não sofremos com as perdas, sejam elas quais forem?
Aqui não queremos discutir o que é realmente viver, porque isso é circunstancial, e nivela as expectativas que as pessoas mantêm nas esperanças e na realização dos sonhos, e de como elas quantificam ou qualificam seu modus vivendi.
Agora, sejamos sinceros, não queríamos ter a chance de conhecer nossos trinetos, sobrinhos-bisavós ou ter conhecido nossos ancestrais? Claro que sim! E tudo isso não acontece porque o tempo não nos dá tempo, pois fatalmente, morremos.
Como sair dessa deixando tantos planos inacabados, tantos encontros sem possibilidades de se realizar, tantas invenções que historicamente serão construídas, tantas descobertas que serão feitas e nem estaremos aqui para desfrutar, como os que já se foram sem saber que a ciência da informática iria possibilitar a informação rápida e as viagens sem passagem ticketada.
Repito é uma pena , que a solução de continuidade da vida consiga decepar, sem nossa permissão tantos sonhos, possibilidades e desejos.
A propósito, a natureza optou por esse desfecho e certamente, se houvesse trilhado outra vertente, teria achado a solução para conservar as células e elas não envelheceriam, obviamente, não perderíamos a vitalidade.
Por isso, faço amigos, conservo amores, brinco com as tintas e as palavras, e brindo la vie com Johnnie Walker, buscando então a imortalidade, pois sei ainda não há outras formas de me eternizar.

Créditos de Imagens: Google Imagens e Lígia Beuttenmüller
Texto: Lígia Buttenmüller

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

SEI LÁ...

SEI LÁ...
Li e reli o texto "Poéticos dias de Sol" no Blog -A beleza está nos olhos de quem vê- que é de uma amiga (LIZA) que reside atualmente na Austrália, e fiz uma reflexão profunda sobre as perdas e ganhos que permeiam a nossa existência. Mas a vida é assim para todos nós, no entanto alguns por serem talvez mal observadores não percebam essa dualidade, nem lastimam o prejuízo. A natureza é quase perfeita quando nos dá o dia, mas nos rouba a noite; chegamos à vida adulta, mas perdemos a infância e a adolescência, mesmo que permaneçamos crianças por dentro. Quando conquistamos a liberdade, deixamos de ser “controlados” por quem em algumas vezes (errôneamente?)quer nos dar a certeza da solidez dos laços afetivos. A morte é a única asneira da natureza, pois fazer uma máquina tão perfeita que identifica cheiros, metaboliza alimentos, vive energeticamente ligada a água, ao sol, ao ar e a terra, tem emoções espetaculares e horrendas, mas se desmantela e se desintegra , acaba, morre , por causa de uma simples topada,
ou uma gripe mal curada, não é justo, nem nunca será!!!
Não é justo que a vida nos permita criar laços com pessoas e coisas e tudo se desate e o que é mais impressionante, sem prévia consulta ou informação.
Sinceramente, se ela, a natureza houvesse me pedido opinião e aceitasse a minha argumentação, (egoisticamente, penso) seríamos todos que já nascemos um renovar biológico sem fechamento do ciclo vital.
Que campeonato é esse que ninguém sabe aonde e como vai ser o jogo que vai decidir a permanência ou a expulsão? Pô não dá para ficar empate? Ninguém nasce ninguém morre. Partir pra quê? Aqui é o meu lugar, e não quero jamais trocar esse mundinho/ mundão, - cruel às vezes- por nenhum manjar que eu não conheça a receita. As delícias do porvir me encantam, mas não me seduzem.
Eu quero estar aqui, de verdade, comendo Peru da Sadia ou de outra qualquer marca, não só no Natal, mas quando a lembrança dele me salivar a boca.
P.S. Será que lá tem Peru assado, ou só tem forno no Inferno?

Créditos Texto e imagem : Lígia Beuttenmüller
Direitos Autorais Reservados

domingo, 25 de janeiro de 2009

Nossa sombra é igual a nossa altura (TALES DE MILETO)

USA-United States of America -
USE para a PAZ !!!

Não sei com iniciar a falar sobre a esperança de um povo. Os sonhos e desejos pessoais são mais fáceis de exprimir.
Porém creio na esperança, e nas vestimentas que ela usa para permanecer na alma das pessoas. Abençôo antecipadamente àqueles que historicamente puderam fazer uso do poder político para abrandar guerras e suscitar a paz. Acredito que estes privilegiados souberam aproveitar o poder imposto pelo voto popular, ( na democracia ) fazer –se uma extensão do desejo de concretizar a vontade do estado de felicidade- por ter uma casa, um emprego, e experimentado os cálices de mel.
Muitos pesquisadores e autores tentam explicar o poder do poder. Eu, na minha visão ínfima, costumo analisar friamente as celebridades, no contexto político, artístico, ou econômico e vejo quantos, (e são muitos) , que cegos pelo poder, pela fama e pelo dinheiro , vendem a alma (não sei a quem- até aonde a minha compreensão chega, o diabo não tem banco como o Vaticano- daí fica difícil comprar alma sem dinheiro. Gastar é fácil – amigos às vezes pagam.
Admiro os que conseguem comandar, países, fiéis, e investidores, porém agora, me atento aos estadistas, e a sua descendência política. Sob o meu olhar, vejo o quanto ( muitos) são insensíveis ao voto popular, que na democracia nada mais é que transferir a possibilidade de decidir. E decidir pela melhoria da maioria a quaisquer níveis em que se encontrem os cidadãos.
Escrevo sobre a eleição do mais novo representante do povo, Barack Obama, que tem um nome estimulante, pois começa(em português) com um OBA- sinônimo de coisa boa, e termina com a sílaba MA, que pode iniciar qualquer outra palavra , mas que certamente nos remete inicialmente a primeira ou segunda palavra que a gente diz quando aprende a falar ( mamãe- abrigo).
As atitudes falam do que o coração está cheio, e considerando a música um alívio /inquietude para a alma, soube que ele convidou Areta Franklin para adornar sua posse, e nessa atitude vejo a concretização de valorizar a sua etnia, coisa que o brasileiro Pelé, não soube (sabe) fazer, mesmo tendo tanto tempo de reinado ( Obama , apenas dias).
Pelé é mais músculo que cérebro e coração, mesmo que a natureza tenha tentado lhe ensinar geograficamente – ele nasceu em Três corações- ele não percebe essa elasticidade, que pena!!! Então a Biologia com a reprodução insistiu em dar-lhe gêmeos, para ensinar-lhe novamente a elastecer o coração, mas não tem jeito, ele será apenas um erro histórico, que nem Xuxa, nem eu, nem ninguém consegue explicar.
Voltando a Obama, eu me irmano aos americanos, não tão somente dos EUA, mas a todos das Américas, e acredito e almejo que as esperanças não vão ficar apenas no nível da utopia. Confio que ele saiba usar o poder político para dar ao povo a certeza de que votou no “cara” que tem a cara dos movidos pelo reconhecimento de que a estrada é longa, e difícil, mas que o poder não é um controle remoto e sim a possibilidade de decidir por e para todos, naturalmente para o bem de todos e infinitivamente para a paz interior e do mundo.

Créditos do texto -Lígia Beuttenm¨ller

Imagem - Google Imagens


terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Namaskar


Namaskar
Sempre vou ao meu Blog, e procuro com ansiedade o que comentam sobre o que escrevo. Encontro comentários, que lógico , afagam a minha alma, e percebo pelo contador de visitas quantas pessoas me honraram com sua visita, no entanto alguém inusitadamente posta comentários com o codinome Anônimo,( me dá saudades do Cazuza) o que instiga a minha curiosidade. Quero nesse texto agradecer a todas as pessoas que tecem palavras tão incentivadoras às minhas "loucuras literárias", e hoje em especial ao Anônimo.
Pego carona na estréia dos Caminhos da Índia, então insiro a imagem retirada do Google que representa "A divindade em mim sauda e reconhece a divindade em ti" , para ilustar o meu agradecimento ao comentário feito no texto "Flora? Flora é uma Fauna- os animais que me perdoem" quando ele se desculpa por elogiar tantas vezes o que eu escrevo, e como resposta publico essa homenagem:
Olá Anônimo, você sabe, sabe sim, que o aplauso está para a arte como o oxigênio para a vida. Portanto só tenho a agradecer toda ternura que você passa ao comentar o que lê. Fico extasiada com seus elogios. Sei que outras pessoas leem (não tem mais acento, não é?) - mas por não saberem como adicionar o comentário, ( a janela do comentário é um pouco complicada) deixam de faze-lo, ou não gostam de expressar seus (des) contentamentos. Enquanto isso, você me presenteia sempre quando externa a sua sensibilidade ao meu "banho de linguagem".
As pinturas eu as faço com um programa da Pixarra, e estão fazendo parte de um projeto posterior , que será uma coleção de cartões com imagem e textos. Tanto nas letras como nos pinceis sou autodidata. Esse ano decidi fazer Jornalismo , e me sentir à vontade e com mais propriedade para expor os meus pensamentos.
Quanto à "perfeição" tento e busco-a todos os dias, quem sabe consigo a imortalidade, mas não gostaria de ser única nessa conquista. Não morrer seria perpetuar-me e não me contentaria estar sozinha nessa condição.Gostaria que esse desejo não se cristalizasse na utopia, e que eu e muitos conseguissemos derrotar a morte como Sabin o fez com a Poliomielite.Para tanto, se me perguntassem quais animais eu admiro, eu diria que a tartaruga me encanta , pela sua longevidade, o que me daria mais tempo para driblar a morte, e os pássaros por sua possibilidade de voar, o que me levaria fisicamente aonde o meu coração me instigasse.Mas acho que tartaruga tem uma carapaça muito dura para acoplar asas e aprender a voar com tal carenagem é ofício para Richard Bach. No entanto, compreendo que asas não são propriedades da GOL e da TAM, eu assevero românticamente que "Longe é um lugar que não existe", portanto, sair daqui e estar lá, é uma questão de sobrevivência da alma.
Bom, os sonhos nos fazem etéreos e sutis, a arte nos imortaliza, a música embevece nossa vida, porém os Anônimos e os Indentificados garantem a nossa persistência.
Um abraço afetuoso, SEMPRE!
Grata mais uma vez.
Texto: Lígia Beuttenmüller
Imagem: Google Imagens
Direitos Autorais Reservados

domingo, 18 de janeiro de 2009

A FLORA? A FLORA ERA UMA FAUNA!!!- Que me perdoem os animais.

A FLORA? A FLORA ERA UMA FAUNA!!!- Que me perdoem os animais.
O Brasil parou para ver o final de A FAVORITA. E o sucesso da novela se deu a meu ver, pela trama sórdida que emaranhou os capítulos do início até ao fim da novela favorita dos brasileiros.
Ouço comentários de que a televisão é uma ótima incentivadora dos maus costumes, no entanto, vejo a família achar que o melhor entretenimento para os filhos, é a TV, principalmente quando chegam visitas. E nunca conversa com eles, sobre os comportamentos dos personagens, isso porque não a interessa discutir com os filhos o que a arte copia da vida.
Tivemos na obra de João Emanuel Carneiro a oportunidade de rever e refletir valores morais, conceitos e desfechos. Lógico que alguns , como o do político regenerado, não ultrapassa a ficção, como também a reversão inusitada da sexualidade do Orlandinho, foi apenas um equívoco, porque ele não era essencialmente homossexual, era um Bissexual, e se deu bem chupando frutas dos dois pomares, portanto não se tornou um ex-gay, simplesmente esolheu um dos lados do muro. Céu, era realmente o paraíso, saiu do anonimato tão peculiar aos pobres, para adentrar numa família burguesa, e ter um filho como promissória a descontar posteriormente na pensão alimentícia, que qualquer um que fosse o pai, teria que assumir , pois é a única lei que funciona no país!
Danatella, foi realmente a dona da telinha global, festejou com esse papel seus 25 anos de carreira artística, aprisionou os corações da massa, pois era a coitadinha sacaneada quase que por todos, mas venceu a FLORA /FAUNA, que tinha mais instinto de bicho do que rastro de perfume de flor.
Não ficou claro se o pai (Léo) era o avô/pai, ou era o molestador da filha, mas para ele restou a pena de entregar cestas básicas à população desassistida da pequena cidade cujo prefeito estava mais preocupado em polir as “pontas” que cuidar da população. Mata-se a fome de alguns, para empanar a destruição emocional de muitos.
Dois fatos chamaram mais profundamente minha atenção: A lição subliminar do posicionamento moral que o autor dá através de Lara, que mesmo sabendo ser filha natural de Flora, tem a coragem de atirar na própria mãe, cujas atitudes criminosas, são tão naturais para os tresloucados, apostando sempre num " gran finale" para as suas atrocidades porque sabem da impunidade que permeia a justiça brasileira .
No bloco final, nos deparamos com duas buscas ao encontro da felicidade quando Lara resolve procurar Halley o cometa da paixão e do amor que habitava o seu coração pois o desorientado Cassiano não teria uma morada confortável nesse lugar .
E como a Globo mesmo na ficção, teme desagradar a gregos e baianos, empanou a decisão de Catarina dançar com a Stela um Tango “caliente”, mas deixou claro que é melhor uma viagem para o desconhecido e o não experimentado, do que ser mais uma amada , que não ama.
Certamente que os primeiros capítulos dos Caminhos das Índias nos levarão a algum lugar, talvez, como folhas soltas ao vento em busca de novas especiarias!
De tudo, fica a música Um beijinho doce, que nos faz lembrar de alguém que se nos deixou mordendo os lábios... Valeu pelo Beijo!
Texto e imagem :Lígia Beuttenmuller
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