terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

O ÍCARO QUE TEMEMOS



Vida linear, é a que nos agrada, a que nos faz pensar estar seguros. Pouco arriscamos sem a certeza de ganhar. Parece que as perguntas mais sutis, não devem ter respostas, pelo menos dentro de nós mesmos, porque a gente nem ousa faze-las, nem quando estamos a sós.
Tememos o conhecido , o passado, e o que nem sabemos se virá.
Fazemos emblemas, brazões com as nossas tristezas e desencantamentos colamos na nossa armadura existencial, e a usamos como escudo que nos livrará das más lembranças e das tentações que moram dentro, ao lado, fora , longe , perto. Escondemos nela nossas asas, com se Ícaro houvesse arriscado demais.
Mas como alçar novos voos se prendemos nossas asas ao frio glacial da alma?
Como sair de dentro do casulo pra virar borboleta se pensamos que não há mais jardins?
Como pudemos esquecer que só veremos o rosto do mundo se abrirmos os olhos?
Porque estamos sonhando de olhos e coração fechados, disfarçando a covardia que não queremos assumir?
A estrela dalva só conheceu o amor quando acreditou que o pequenino grão de areia poderia lhe tirar do ceu para viver fora dali. Arriscou cair/sair de lá e permaneceu estrela no ceu, porque a queda não foi para um abismo, mas apenas para renascer, numa estrela do mar.
As vezes ficamos vivendo qualquer história ou uma história qualquer e deixamos que a nossa vida siga ao sabor dos ventos, fases e ondas , e nem nos damos conta que o que era íntimo, tornou-se tão estranho, que nem o reconhecemos mais, pensamos, que o estranho ainda esteja em nossas entranhas.
Créditos de Imagem e Texto
Lígia Beuttenmüller

3 comentários:

Anônimo disse...

Oi, bom dia
Não sei como dizer mas vou ter coragem pq vc não me conhece ainda. Preciso lhe dizer que o que voce escreve é muito muito muito muito muito muito muito ufa, lindo

K.Linhares

Anônimo disse...

Lígia, gostaria de ter sido a primeira pessoa a postar um comentário sobre o seu texto, mas,...infelizmente, isso não ocorreu.
Mas seus textos são para o mundo e não para um ser que como vc bem descreve, está em busca dessa metamorfose mágica. Profundamente , vc consegue atingir os corações e fazê-los acreditar que sempre será possível deixar fluir a borboleta que está profundamente adormecida. Beijos da sua fã nº1 ou 1000...olga RS

Anônimo disse...

Lígia, gostaria de ter sido a primeira pessoa a postar um comentário sobre o seu texto, mas,...infelizmente, isso não ocorreu.
Mas seus textos são para o mundo e não para um ser que como vc bem descreve, está em busca dessa metamorfose mágica. Profundamente , vc consegue atingir os corações e fazê-los acreditar que sempre será possível deixar fluir a borboleta que está profundamente adormecida. Beijos da sua fã nº1 ou 1000...olga RS