terça-feira, 10 de outubro de 2006








"KREMLIN"



-Djavan inicia a música TOPÁZIO com esta palavra -

Kremlin, Berlim
Só pra te ver
E poder rir
Luzes, jasmim
Meu coração, vaso quebrado
Ilusão, fugir
Da fronteira de topázio e lã
Vou até rubi
Sedução
Poder sonhar
Estupidez
Você arrasa
E me arrasou
Só pra anoitecer
O que é escuro
Ninguém me beijou
Mais puro
Tô lembrando de você
Uma vez...Kremlin, Berlim
Pra não dizer Telaviv
Ilusão
Fugir de mim.

Há tempos ouvi, hoje senti.
Como é interessante escutar a mesma música e nela perceber que luvas não servem somente para as mãos, existem outras que servem tão bem - também- para a alma quando ela está desnuda.As circuntâncias visuais me fizeram vesti-las para tornar-me "KREMLIN".
Reconheci, forçadamente, é claro, que existe uma linha tênue que separa a ilusão, da fuga.

Ainda bem que a ruptura aconteceu, senão eu teria que continuar a ser um equilibrista num circo -círculo- sem espetáculo; treinando infinitamente . Seria então, meu destino cambalear a cada amanhecer e esperar, ciclicamente, que a noite chegasse para manter-me numa corda bamba, precisamente bamba? Notei de lá , que se ainda por instinto de sobrevivência, eu tentasse, descer ao chão certamente correria o risco de pisar em terreno minado -TELAVIV- o que fatalmente deixaria a minha alma em pedaços.
E isso seria irremediável !!!
Como na música, só meu coração despedaçou, mas a minha alma voa livre agora, não em busca de ALMA GÊMEA, mas de uma outra alma tão inteira quanto a minha. E ainda que eu tenha que colar os pedaços do meu coração, que eu olhe, simples e fortemente para um outro coração que estando também (ou não) em frangalhos, tenha como eu a ALMA INTACTA.


1- Em tempo, Kremlin é uma palavra russa que significa FORTALEZA, e que a força seja tão valente como a dor no amor!!!

2 comentários:

Anônimo disse...

PQP, Lígia,
eu penso , cada vez que leio um texto seu, que vc necessita viver eternamente numa corda bamba, para que a sua emoção saia da cabeça,do coração, sei lá de onde para se fixar num papel mesmo que virtual, pra gente sentir na pele não a tua dor, mas a nossa , seja a relembrada, a de hoje, ou quem sabe a que nos irá atacar.
Sem babação, vc é a minha amiga escritora amada.
Torço por vc e pelos seus abortos literários.
Sua amiga, tão antiga como a criação do universo.
Aguardo o livro
Beijos no teu coração

Anônimo disse...

Olá menina , garota, mulher.
Vc arrebenta as nossas cabeças. Eu fico tonta às vezes conferindo meus conceitos, mas tudo bem. Nada como refrescar a memória e ver que realmente tudo passa.
Adoro vc
Fica com Deus