ELA E A NAMORADA
E sem parafrasear Carlinhos Brown ao menos no tempo verbal, elas estavam no passado, numa casa com quintal e jardim, colhiam flores e frutos, e semeavam os dois. Tudo era paraiso , nele elas voavam, caminhavam, plantavam , colhiam, sonhavam , e viviam...
Viviam, toda intensidade que só os apaixonados reconhecem, e aproveitam. Sabiam a pressa que o tempo instiga aos que usam relógio e não paravam de contar os dias e as horas. Mesmo que nadassem no seco, flutuavam em nuvens com os pés no chão.
Se enfeitavam de promessas mútuas, o nunca que era advérbio para expressar o perpétuo, passava a ser verbo ( ser, estar, ficar, permanecer,) fantasiado do jamais, pois etimologicamente um advérbio raramente modifica um substantivo. E por saber que ele ( o advérbio) pertence a classe gramatical onde a palavra indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal, elas maestralmente flexionavam o nunca , simbioticamente agregado ao acaso que só a certeza tem para a verdade do agora. Acreditavam que o NUNCA era a pedra fortalecida pela paixão e adornada pelo amor.Teciam a rede da existência amorosa como aranhas, para aprisionar o sentimento, envolvê-lo de tal forma que as loucuras eram apenas a lucidez do desejo, não tão somente carnal, porque extrapolavam o corpo, o espírito , a alma e a maledicência dos que não sabiam respeitar os diferentes.Mesmo envoltas em sonhos, viajavam também de verdade, com malas, cuias e passaporte. Iam a todos os recantos aonde os dólares, euros e reais as conduziam, a bússola orientada pelos sonhos, as levava às praias, aos oceanos, aos montes e planícies. Quando as circunstâncias as separavam por motivo de dor ou trabalho, pactuavam os caprichos, nada seria mais importante que reconhecer que não eram pedaços, mesmo estando espacialmente separadas, eram completude pois não necessitavam parecer fragmentos para se completarem. Eram inteiras, tão compactas em si próprias, que quando o amor acabou, a separação as deixou intactas , para que um dia, alguém pudesse ver que não estaria recolhendo pedaços, e sim uma pessoa que preferiu sorrir e chorar sozinha, por reconhecer que aquele amor encontrou uma porta para sair, pois havia perdido a chave da permanência.
É assim que os amores se vão! Sem pecado, sem culpa e sem remorso. Estão SEM à procura do COM, mesmo que tenham que acrescentar um " ponto" e um "br" para novamente sentirem-se donos, proprietários, ou inquilinos da FELICIDADE.
E sem parafrasear Carlinhos Brown ao menos no tempo verbal, elas estavam no passado, numa casa com quintal e jardim, colhiam flores e frutos, e semeavam os dois. Tudo era paraiso , nele elas voavam, caminhavam, plantavam , colhiam, sonhavam , e viviam...
Viviam, toda intensidade que só os apaixonados reconhecem, e aproveitam. Sabiam a pressa que o tempo instiga aos que usam relógio e não paravam de contar os dias e as horas. Mesmo que nadassem no seco, flutuavam em nuvens com os pés no chão.
Se enfeitavam de promessas mútuas, o nunca que era advérbio para expressar o perpétuo, passava a ser verbo ( ser, estar, ficar, permanecer,) fantasiado do jamais, pois etimologicamente um advérbio raramente modifica um substantivo. E por saber que ele ( o advérbio) pertence a classe gramatical onde a palavra indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal, elas maestralmente flexionavam o nunca , simbioticamente agregado ao acaso que só a certeza tem para a verdade do agora. Acreditavam que o NUNCA era a pedra fortalecida pela paixão e adornada pelo amor.Teciam a rede da existência amorosa como aranhas, para aprisionar o sentimento, envolvê-lo de tal forma que as loucuras eram apenas a lucidez do desejo, não tão somente carnal, porque extrapolavam o corpo, o espírito , a alma e a maledicência dos que não sabiam respeitar os diferentes.Mesmo envoltas em sonhos, viajavam também de verdade, com malas, cuias e passaporte. Iam a todos os recantos aonde os dólares, euros e reais as conduziam, a bússola orientada pelos sonhos, as levava às praias, aos oceanos, aos montes e planícies. Quando as circunstâncias as separavam por motivo de dor ou trabalho, pactuavam os caprichos, nada seria mais importante que reconhecer que não eram pedaços, mesmo estando espacialmente separadas, eram completude pois não necessitavam parecer fragmentos para se completarem. Eram inteiras, tão compactas em si próprias, que quando o amor acabou, a separação as deixou intactas , para que um dia, alguém pudesse ver que não estaria recolhendo pedaços, e sim uma pessoa que preferiu sorrir e chorar sozinha, por reconhecer que aquele amor encontrou uma porta para sair, pois havia perdido a chave da permanência.
É assim que os amores se vão! Sem pecado, sem culpa e sem remorso. Estão SEM à procura do COM, mesmo que tenham que acrescentar um " ponto" e um "br" para novamente sentirem-se donos, proprietários, ou inquilinos da FELICIDADE.
Imagem e texto de Lígia Beuttenmüller
Direitos reservados
4 comentários:
É tão “incomensurável de grande” que...
pela primeira vez não sei o que dizer...
“a bússola orientada pelos sonhos, as levava às praias, aos oceanos, aos montes e planícies.com.br!...”
bjs....
Bravo!
Simplemsnte bravo.
Ler seus textos me faz rejuvenecer a alma, passei um tempo, sem tempo, mas na primeira oportunidade de reciclar a boa literatura estou eu aqui.
Me ultilizando do ponto, do com e do br para alimentar das intensas plaras de sentimento a cada texto seu aqui postado.
É magnifico como você brinca com as palavras.
Desejo - lhe sucesso!
Oi Libélula, que bom seu retorno.
estava sentindo sua falta
Feliz 2009
Bjs
Não tem jeito, vc sempre me AFETA...Magnífico....Adorei...é como Mena Maria disse..."...não sei o q dizer...". BRAVO, minha querida amiga...continuo a te dizer...VC NÃO TEM FRONTEIRAS....Bjs nesse coração lindo!
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