sábado, 23 de julho de 2011

AQUELA NOITE




Era aquela noite em que a gente se sente só. A luz trêmula se impõe . O peito se expande e se comprime. O suor escorre molhando os silêncios e os bichos de pelúcia, sem respeitar, o ar frio do ambiente. No quarto escuro das lembranças, a moldura se torna a janela para o mundo no qual me debruço e um raio de sol lava meus olhos que de tanto te procurar cansou a retina. A cegueira me tornou incapaz de ver as borboletas , de esperá-las em meu jardim. A poesia calou-se por um tempo , ficou muda , desprevenida, nem era inverno e a noite ficou assim. O dia está de volta, ainda bem que não era tarde demais para me pegares no colo.

Texto e Imagem : Lígia Beuttenmüller

Direitos Autorais Reservados














Um comentário:

Caminhando nas NUVENS disse...

Belo texto. Vestido de saudade e tristeza, mas perfeito. Como é o esperado vindo de você.
Parabéns.
Beijos