sábado, 12 de novembro de 2011

O ESCURO DOS NOSSOS DIAS VIROU NOITES SEM SOL


Era uma esquina, caminhos se cruzavam, um sorriso, segredos e sossegos, era somente isso, assim... Mas preferi o desassossego do desejo, embalado nos sonhos, correndo atrás da paixão, tão longe do real... Buscando a razão que tem fome de alegria, da sombra da luz do dia, do calor das manhãs sem sol, do perfume das orquídeas. Era tudo céu, azul como seus olhos e como a vida de você em mim. Queria sombra em plena luz do dia, uma saudade sangrando na partida, uma dor distante, dentro do ego e espalhando-se no apenas. Queria chegada, e tu eras somente adeus, sem arrepios, só tremor, do celular vibrando em caixa postal.
Os meus braços sem cansaço, queriam só enlaçar você. Meus ouvidos sedentos de som queriam ouvir: Oi, amor, é você?.
Errei o número e o DDD.

Créditos:
 Imagem e texto: Lígia Beuttenmüller.

Um comentário:

olga disse...

Querida Lígia;
O tempo passou,muitas coisas aconteceram...muitos pássaros migraram...outros tantos perderam seus ninhos.Mas vooê continua a verdadeira poesia em forma de mulher. Líndíssimo esse texto,alías, não poderia ser diferente de outros tanto que li e que tive o prazer de comentar.Poder ser repetitivo o que vou lhe dizer: Os textos que você escreve com o coração...dispensa qualquer tipo de comentário.

Um beijo carinhoso

olga
Pelotas-RS