Ele chega em casa e em qualquer lugar,
com cara de satisfeito,
satisfeito com uma vida medíocre,
pincelada pela menor parte do muito.
E quem o conhece sabe que ele não embala sonhos,
vive da dura realidade que ele próprio criou.
Não arrisca, não aposta , não começa , nem termina,
mas teima com tudo , com todos e com ninguém.
Tem uma vida inóspita para a felicidade,
sem choro, nem risos , nem explicações.
Detesta dar satisfações , inclusive a ele próprio para
não desequilibrar o que ele considera ser uma
atitude segura e indolor.
Bebe uma cerveja dourada e redonda ,
perde-se na viagem
que a cevada maltada e o lúpulo,
faz nas suas vias sanguíneas,
gira com a vida mas só consegue carregar consigo,
dúvidas e dívidas contraídas
a longo e a médio prazo, sente-se livre
da urgência , tudo passa e tudo espera.
É o epicentro da estagnação .
Um dia lhe perguntaram para aonde ia tão apressado,
ao que ele respondeu , não sei ,
mas tenho que chegar logo e, dobrou na esquina.
By Lígia Beuttenmüller - Direitos Reservados
Crédito da Imagem - by Lígia Beuttenmüller
2 comentários:
Oi miga, garota bombril das letras, agora com curtas, hem?
Bom, muito bom, amei os dois nesse novo formato.
Fica com Deus
Como sempre vc se superou querida...Esse ser estagnado, encontramos muito em nosso círculo de amizades... e, às vezes, até nos identificamos um pouco com ele em algum momento de nossas vidas...por mais q não nos agrade essa identificação...Continue assim, se superando mais e mais...bjs no coração, linda...
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