Fiquei curiosa em qualificar semanticamente a palavra FOI, e me deparei com a constatação, de que geralmente , pouco se dá atenção ao estudo da significação, talvez por isso nos equivocamos com alguns posicionamentos diante da vida. Daí, concluí que para se reviver o passado, é preciso pensar no significado do quê um dia , por horas , ou eternamente ficou na lembrança. Ah!... Mas nem por isso esse retorno terá a força de perturbar o presente, pois o que seria do alemão tão temido – o Alzheimer? Se o que vale na palavra e no ato do tempo é de verdade o esquecimento?
É visceral “lembrar” que a lembrança é apenas a efígie do passado, e não pode, nem por força natural ou sobrenatural, permanecer no presente. O passado faz parte obviamente do que passou, e não temos por mais abençoados ou infames que sejamos, o poder , de aprisioná-lo ao agora. Mesmo que tenhamos instrumentos naturais ou artificiais , como dedos pinçadores, corações quebrantados, cordões umbilicais, conexão por fibras óticas com todos os megas e gigas possíveis, nada prende, o passado ao presente, nem que a gente insista em fossilizá-lo.
Remotamente, acionamos o botão de controle, e mesmo que imperiosamente a ciência una o dedo indicador ao mundo, há sempre o “raio” (que o parta) que secciona a plenitude do imutável. Nada está preso, nem se prende, por imposição ou decreto. A terra está solta, gira, mas não cai, ela se permitiu entrelaçar-se à gravidade, e constituiu uma parceria, com promessa: “não me derrube, não me deixe cair, por que eu não vou andar para trás, eu vou apenas girar, para ver outros mundos, porque necessito estar em movimento.
Sinceramente não sei se os ponteiros do relógio copiaram o movimento da terra ou os dois , terra e tempo fizeram um acordo de cavalheiro, de respeito mútuo, para girarem na mesma direção.E não há gravidez de futuro, se o passado não der passagem ao presente. O futuro nunca chegaria se ele mesmo não azeitasse as engrenagens do tempo.
Imagina , a gente ficar rodopiando em círculo, mas pra quê? A terra faz isso por nós e certamente, em 365 dias nada será como antes. O tempo é complacente porque sabe que se parar , ele próprio morre (e ele não é do signo de escorpião, gracias a la vida) , porque não é bom para ele nem prá ninguém que isso aconteça. Nós morremos, e morreremos fatidicamente , por over ou por abstinência , porém ele como um meteoro passa, só pressente a sua passagem, quem está olhando para o agora, e sabe como alargar os neurônios para dar-lhes asas e festejar o inesperado- o que ainda não sabemos- mas acreditamos que em algum lugar há o que se encontrar. Ah! Sabedoria infinda.
Os incautos dizem , me dê tempo, como se o tempo fosse bobo e parasse. A poesia, a filosofia e tantas outras formas de expressão do conhecimento universal, se impregnam dessa fortaleza chamada tempo, senão já teríamos morrido pela pertinência das doenças porque a ciência deixou de apostar nele, ou havíamos perecido no primeiro dilúvio por não acreditarmos que os pulmões são bolsas de ar. E não há como degladiar com essa força , porque na sua avidez , ele não pára, nem pode perder seu ritmo, para piedosamente acompanhar nossas tristezas, ou num ato de cumplicidade festejar nossas alegrias... Essas coisas um dia acabam, ele, nunca ! A minha tristeza dura o tempo que eu permitir, e minha vida será uma festa enquanto eu decidir olhar para o horizonte, e crer que o mundo não termina ali. Eu preciso enganar o tempo, para que ele não perceba que um amargor travou meu percurso, ou que a minha alegria embriagou a minha razão. E nesse equilíbrio semântico percebo com lucidez, que firmei com significação um trato que só Mário Lago descreveu com precisão: “Eu fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo: nem ele me persegue, nem eu fujo dele. Um dia a gente se encontra...”
É visceral “lembrar” que a lembrança é apenas a efígie do passado, e não pode, nem por força natural ou sobrenatural, permanecer no presente. O passado faz parte obviamente do que passou, e não temos por mais abençoados ou infames que sejamos, o poder , de aprisioná-lo ao agora. Mesmo que tenhamos instrumentos naturais ou artificiais , como dedos pinçadores, corações quebrantados, cordões umbilicais, conexão por fibras óticas com todos os megas e gigas possíveis, nada prende, o passado ao presente, nem que a gente insista em fossilizá-lo.
Remotamente, acionamos o botão de controle, e mesmo que imperiosamente a ciência una o dedo indicador ao mundo, há sempre o “raio” (que o parta) que secciona a plenitude do imutável. Nada está preso, nem se prende, por imposição ou decreto. A terra está solta, gira, mas não cai, ela se permitiu entrelaçar-se à gravidade, e constituiu uma parceria, com promessa: “não me derrube, não me deixe cair, por que eu não vou andar para trás, eu vou apenas girar, para ver outros mundos, porque necessito estar em movimento.
Sinceramente não sei se os ponteiros do relógio copiaram o movimento da terra ou os dois , terra e tempo fizeram um acordo de cavalheiro, de respeito mútuo, para girarem na mesma direção.E não há gravidez de futuro, se o passado não der passagem ao presente. O futuro nunca chegaria se ele mesmo não azeitasse as engrenagens do tempo.
Imagina , a gente ficar rodopiando em círculo, mas pra quê? A terra faz isso por nós e certamente, em 365 dias nada será como antes. O tempo é complacente porque sabe que se parar , ele próprio morre (e ele não é do signo de escorpião, gracias a la vida) , porque não é bom para ele nem prá ninguém que isso aconteça. Nós morremos, e morreremos fatidicamente , por over ou por abstinência , porém ele como um meteoro passa, só pressente a sua passagem, quem está olhando para o agora, e sabe como alargar os neurônios para dar-lhes asas e festejar o inesperado- o que ainda não sabemos- mas acreditamos que em algum lugar há o que se encontrar. Ah! Sabedoria infinda.
Os incautos dizem , me dê tempo, como se o tempo fosse bobo e parasse. A poesia, a filosofia e tantas outras formas de expressão do conhecimento universal, se impregnam dessa fortaleza chamada tempo, senão já teríamos morrido pela pertinência das doenças porque a ciência deixou de apostar nele, ou havíamos perecido no primeiro dilúvio por não acreditarmos que os pulmões são bolsas de ar. E não há como degladiar com essa força , porque na sua avidez , ele não pára, nem pode perder seu ritmo, para piedosamente acompanhar nossas tristezas, ou num ato de cumplicidade festejar nossas alegrias... Essas coisas um dia acabam, ele, nunca ! A minha tristeza dura o tempo que eu permitir, e minha vida será uma festa enquanto eu decidir olhar para o horizonte, e crer que o mundo não termina ali. Eu preciso enganar o tempo, para que ele não perceba que um amargor travou meu percurso, ou que a minha alegria embriagou a minha razão. E nesse equilíbrio semântico percebo com lucidez, que firmei com significação um trato que só Mário Lago descreveu com precisão: “Eu fiz um acordo de coexistência pacífica com o tempo: nem ele me persegue, nem eu fujo dele. Um dia a gente se encontra...”
Eu porém, evito esse encontro, não nego que engano o tempo enquanto eu puder!
Sei que o fim é inevitável, (não fora o “The End” da vida e dos filmes ) o FOI... me ajudou a dizer : FUI !!! e isso é abortar o futuro!
Sei que o fim é inevitável, (não fora o “The End” da vida e dos filmes ) o FOI... me ajudou a dizer : FUI !!! e isso é abortar o futuro!
by Lígia Beuttenmüler -Direitos reservados
Crédito da Imagem : Google -imagens
10 comentários:
Oi acabei de ler. a SRA é Mara.
Super amei os textos.Já fazia tempo que eu não andava por aqui.
Beijos
Rico
Sei naum visse, tu é uma parada dura com as tuas ideias. Sou fã suspeito para da opinião.aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...quero é o livro
Teamo
Gracias a la vida por ter me dado a tua amizade, para contigo partilhar momentos como esse.
Você é sempre um mistério que a gente vai descobrindo no que escreves.
Saudades de tu, quando apareces?
Estamos cansados do virtual, eu e as crianças
Vem logo, te esperamos
Beijos
Eita, tu de novo hem?
Menina, to fazendo qualquer negocio com tempo. Quero que ele passe e eu é claro fique.
Amei
Fica com Deus
Poxa vc como sempre demostrando teus pensamntos em txt,fazendo com que as pessoas pare,leiam e pensem...parabens!!! mas como disse ricardo: vc é MARA (KKK).continue assim tenho muito orgulho de ter sua amizade... te adoro muitoaooooooooo!!!!xerim
Wilma Santos
Seu (belissimo e devastador!!) texto me lembrou aquela balada gostosa... "Nada do que foi serah de novo de jeito que jah foi um dia, tudo passa, tudo sempre passara..."
Um beijo, minha querida. Obrigada por seguir alimentando a minha alma!
simplesmente: ESTONTEANTE!!!!!!!!!!!!...bjus!!!!
Ah! como é bomn saber que alguém em algum lugar escreve o que a gente sabe que poderia tambem escrever, mas essa dança de lobos só uma "moikana" como vc consegue.
às vezes me assusto com o que descirno nos teus textos , mas gosto mesmo assim
Oi ,minha Ligita, sensibilidade é assim, uns nascem com ela, outros a invejam.
Bom é ser e ter essa docilidade.
Bjs
Continua a revelar os segredos da alma
Fica com Deus
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