terça-feira, 5 de outubro de 2010
A PORTA DO TEMPO
Quando o dia se inicia
e não é você quem abre a porta do tempo,
o sol fica menos brilhante
as cortinas e janelas não se abrem
para despertar a alegria
A vida então, se enche de dor
Não há dor que doa tanto
como aquela fantasiada do abandono
que brinca de ser Pierrot.
Não há dor que doa tanto
Que aquela provocada pelo silêncio
que emoldura a tua ausência.
A minha sombra passeou
de madrugada
na rua, na calçada.
Tristonha, calada e surda
estava acometida
pelos vestígios de uma noite
sem lembranças.
E pode crer:
Eu não quero me acostumar
a começar o dia
abrindo a porta do tempo, sem você.
Texto: Lígia Beuttenmüller
Música: Coracion Gitano - Alejandro Fernandéz e Beyoncé
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