quarta-feira, 13 de outubro de 2010

CREPÚSCULO


Quantas cores tem o beijo de adeus?

Quais notas musicais tem uma canção de despedida?
Como o dia pode explodir em branco,
se trazia um arco-iris na bagagem?
E o olhar para aonde desviou sua atenção?
Que alma de fogo, perdeu-se nesse olhar?
Inquietações provam que na vida nada é permanente.
Tudo é uma ponte entre o que se vai e o que há de vir.
Passar por ela e seguir em frente, é crer que bem antes do adeus, as boas-vindas chegaram numa canção de crepúsculo.
Assim, como o Bolero de Ravel,  não há ouvido
que não a ouça, nem  lembrança que a esqueça.


CRÉDITOS: 
TEXTO: LÍGIA BEUTTENMÜLLER
MÚSICA : BOLERO DE RAVEL -

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