sábado, 25 de dezembro de 2010
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
VOAR E SONHAR
Se
a
linha
do tempo
traçar o mapa,
o caminho é curto,
mas se o coração
for o motor do voo,
o mundo é pequeno demais
para duas asas.
Cada sonho uma viagem
Cada viagem um rumo
Cada rumo um encontro
Cada encontro um prazer
e cada retorno teu
é sempre
a primeira vez
porque
v o a r
é
o sonho que se sente.
TELA E TEXTO: Lígia Beuttenmüller
domingo, 5 de dezembro de 2010
SEM PRESSA ....
Estou de férias da faculdade, agora penso ter mais tempo para descansar o corpo e os neurônios, e isso me dá uma alegria infinda, pois representa mais uma terceira batalha a quase vencer.
Por conta desse compasso de espera, só agora pude agradecer um presente lindo que ganhei de Edi que voltou recentemente de S. Paulo.
Imagino eu, estando aqui, a 2129km de distância , alguem pensar em mim, e fazer questão de personificar essa lembrança.
Nem sempre , ao abrir um presente, lembramos do percurso emocional que ele fez até chegar às nossas mãos. Nem da carta que o mensageiro trouxe, nem do cartão enviado pelo serviço postal ou pelas fibras óticas da modernidade. Parece que nossos olhos estão separados do coração, como ave despedaçada, morta, onde esses órgãos não têm mais serventia, nem conexão. Qual a causa dessa ruptura?
É como se o que nos despertasse fosse apenas o conteúdo - não gosto de ver a embalagem do presente ser rasgada com afã- a magia do desembrulhar denota o carinho da surpresa.
Ao abrir lentamente o presente, saboreei o som mavioso da separação inevitável do durex com o papel, é um canto triste, como todo luto, embora seja preciso por dois motivos, descobrir o que tem lá dentro: a constatação de que fomos lembrados e o que vai se materializar, se eternizar nessa lembrança-presente, naquele momento.
Encontro um adereço de couro, vidro e metal. É uma bicicleta carregando o tempo- um relógio- e eu que vivia "sem hora" rejuvenesço.
Seguro a tira de couro como um pêndulo.
Deslumbrada, examino a peça, faço uma leitura metafórica , de como o artista, conciliou tempo e velocidade, e quem sabe , nunca trilhou os caminhos da Física.
A sua arte me comove, o presente também, como se fosse possível retardar as horas por ser a bicicleta um transporte lento se comparado a outros meios de locomoção.
Aí, podes crer, só o pensamento vence a velocidade dos segundos e dos Airbus. A letra da música já confirmou isso: "meus pensamentos tomam forma , e eu viajo...." .
A arte investida na música, na pintura ou na palavra, dá esse tom à vida, ao poder de subjetividade do ser humano, que segundo estudiosos da Psicologia a definem como "um espaço relacional, aonde a insistência dos modos de percepção irá instaurar a realidade".
Minha subjetividade me permitiu essa viagem, meu tempo agora vai de bicicleta a qualquer lugar, sem pressa de chegar.
Créditos:
Música: Majestade, o Sabiá- Jair Rodrigues e Ricky Vallen- Letra: Xitãozinho & Xororó
Texto : Lígia Beuttenmüller.
Por conta desse compasso de espera, só agora pude agradecer um presente lindo que ganhei de Edi que voltou recentemente de S. Paulo.
Imagino eu, estando aqui, a 2129km de distância , alguem pensar em mim, e fazer questão de personificar essa lembrança.
Nem sempre , ao abrir um presente, lembramos do percurso emocional que ele fez até chegar às nossas mãos. Nem da carta que o mensageiro trouxe, nem do cartão enviado pelo serviço postal ou pelas fibras óticas da modernidade. Parece que nossos olhos estão separados do coração, como ave despedaçada, morta, onde esses órgãos não têm mais serventia, nem conexão. Qual a causa dessa ruptura?
É como se o que nos despertasse fosse apenas o conteúdo - não gosto de ver a embalagem do presente ser rasgada com afã- a magia do desembrulhar denota o carinho da surpresa.
Ao abrir lentamente o presente, saboreei o som mavioso da separação inevitável do durex com o papel, é um canto triste, como todo luto, embora seja preciso por dois motivos, descobrir o que tem lá dentro: a constatação de que fomos lembrados e o que vai se materializar, se eternizar nessa lembrança-presente, naquele momento.
Encontro um adereço de couro, vidro e metal. É uma bicicleta carregando o tempo- um relógio- e eu que vivia "sem hora" rejuvenesço.
Seguro a tira de couro como um pêndulo.
Deslumbrada, examino a peça, faço uma leitura metafórica , de como o artista, conciliou tempo e velocidade, e quem sabe , nunca trilhou os caminhos da Física.
A sua arte me comove, o presente também, como se fosse possível retardar as horas por ser a bicicleta um transporte lento se comparado a outros meios de locomoção.
Aí, podes crer, só o pensamento vence a velocidade dos segundos e dos Airbus. A letra da música já confirmou isso: "meus pensamentos tomam forma , e eu viajo...." .
A arte investida na música, na pintura ou na palavra, dá esse tom à vida, ao poder de subjetividade do ser humano, que segundo estudiosos da Psicologia a definem como "um espaço relacional, aonde a insistência dos modos de percepção irá instaurar a realidade".
Minha subjetividade me permitiu essa viagem, meu tempo agora vai de bicicleta a qualquer lugar, sem pressa de chegar.
Créditos:
Música: Majestade, o Sabiá- Jair Rodrigues e Ricky Vallen- Letra: Xitãozinho & Xororó
Texto : Lígia Beuttenmüller.
sábado, 27 de novembro de 2010
A CIDADE MARAVILHOSA SITIADA PELA VIOLÊNCIA
As Forças Armadas do Brasil, tentam somente agora, apagar o estopim que vem se alimentando há décadas da incompetência dos nossos legisladores, da inoperância da divisão de poder, do descaso público com a população brasileira.
O número de Ministérios aumenta a cada ascensão presidencial, porque na visão deles é importante gratificar com altos cargos os que amealharam os votos para a vitória eleitoral. É mais interessante criar "chefes", que expandir o número de "chefiados", para proteger as fronteiras, fiscalizar aeroportos, cuidar da Amazônia, combater a disseminação das drogas.
A Cracolândia existe em São Paulo desde 1990, são 11 anos de degradação humana, mas filho de rico não vai para lá, pede o crack por telefone, tem entrega domiciliar, e político, inclusive Serra, não sobe morro, a não ser para pedir voto, nem vai a velório de pobre viciado.
Seis dias de ataque no Rio de Janeiro, dão a dimensão do confronto da segurança com criminosos, e pessoas alheias as causas do caos , sofrem diante da tragédia anunciada há anos, hoje, ganham coragem de usar o Disque Denúncia , cobrem o peito com a esperança subsidiada pela fé.
Os governantes são mediadores da ajuda, mas superficial e temporária, como se essa decisão política fosse agora uma atitude politicamente correta. É como estivessem se apartando da "mea culpa" que proporcionou o avanço nada silencioso do tráfico que durante anos a fio, demonstrou seu poderio.
Fernandinho Beira-Mar continua surfando no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande (MS) comandando o tráfico com a ajuda de parentes, militares, advogados e celulares, segundo notícias da Agência do Estado em 07 de fevereiro de 2009.
Tim Lopes foi herói sem medalha, e sua luta morreu com ele. Para a polícia, prender os acusados era o que importava naquele momento, enquanto a teia dos traficantes ia se agigantando e tomando o espaço do cidadão que fica refém em sua própria aldeia.
Quantas pessoas, vítimas urbanas, noticiadas diuturnamente pela mídia, poderiam ter representado para os governantes um alerta maior da violência descabida que avançava à passos largos em todo país?
Os legisladores teimam em permancer na redoma da imunidade parlamentar, vivem cercados de segurança, e não percebem a necessidade da criação de normas apropriadas e atuais para o combate à violência.
A falta de um código severo corporifica a impunidade. Ser réu primário ou ter o "cateiraço" impede que a justiça seja feita, salvo em alguns casos.
Dirigir embriagado, matar, roubar são crimes afiançavéis, e as "brechas " das leis colaboram para que o cidadão honesto conviva permanentemente com o medo e não acredite no Poder Judiciário.
A insuficiência no quadro de pessoal nesse setor, permite que os processos criem bolor nas prateleiras , e a morosidade nos julgamentos nos faz descrer da legalidade.
A professora abocanha a bochecha da criança que vive mordendo os coleguinhas, e a imprensa se volta apenas para noticiar a atitude dela, sem atentar para o comportamento inadequado da criança.
Os "holofotes da notícia" esquecem de alertar os pais sobre as atitudes dos filhos, que hoje são crianças, mas vão se tornar adultos, mal orientados, porque provavelmente são criados sem noção do mal que os atos violentos provocam na sociedade.
A vida torna-se uma banalidade e a morte uma pré-passagem fatal, como se a gente não tivesse mais nada ainda para fazer aqui.
A violência não respeita sonhos, contradiz a liberdade de esperar a morte e nos arremessa a ela, por uma bala perdida que afinal nos encontre.
CRÉDITOS:
Notícia: Jornal da Globo- Arsenal de Guerra no Rio! Tanques Blindados da Marinha ajudam na operação contra criminosos.
Texto: Lígia Beuttenmüller
O número de Ministérios aumenta a cada ascensão presidencial, porque na visão deles é importante gratificar com altos cargos os que amealharam os votos para a vitória eleitoral. É mais interessante criar "chefes", que expandir o número de "chefiados", para proteger as fronteiras, fiscalizar aeroportos, cuidar da Amazônia, combater a disseminação das drogas.
A Cracolândia existe em São Paulo desde 1990, são 11 anos de degradação humana, mas filho de rico não vai para lá, pede o crack por telefone, tem entrega domiciliar, e político, inclusive Serra, não sobe morro, a não ser para pedir voto, nem vai a velório de pobre viciado.
Seis dias de ataque no Rio de Janeiro, dão a dimensão do confronto da segurança com criminosos, e pessoas alheias as causas do caos , sofrem diante da tragédia anunciada há anos, hoje, ganham coragem de usar o Disque Denúncia , cobrem o peito com a esperança subsidiada pela fé.
Os governantes são mediadores da ajuda, mas superficial e temporária, como se essa decisão política fosse agora uma atitude politicamente correta. É como estivessem se apartando da "mea culpa" que proporcionou o avanço nada silencioso do tráfico que durante anos a fio, demonstrou seu poderio.
Fernandinho Beira-Mar continua surfando no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande (MS) comandando o tráfico com a ajuda de parentes, militares, advogados e celulares, segundo notícias da Agência do Estado em 07 de fevereiro de 2009.
Tim Lopes foi herói sem medalha, e sua luta morreu com ele. Para a polícia, prender os acusados era o que importava naquele momento, enquanto a teia dos traficantes ia se agigantando e tomando o espaço do cidadão que fica refém em sua própria aldeia.
Quantas pessoas, vítimas urbanas, noticiadas diuturnamente pela mídia, poderiam ter representado para os governantes um alerta maior da violência descabida que avançava à passos largos em todo país?
Os legisladores teimam em permancer na redoma da imunidade parlamentar, vivem cercados de segurança, e não percebem a necessidade da criação de normas apropriadas e atuais para o combate à violência.
A falta de um código severo corporifica a impunidade. Ser réu primário ou ter o "cateiraço" impede que a justiça seja feita, salvo em alguns casos.
Dirigir embriagado, matar, roubar são crimes afiançavéis, e as "brechas " das leis colaboram para que o cidadão honesto conviva permanentemente com o medo e não acredite no Poder Judiciário.
A insuficiência no quadro de pessoal nesse setor, permite que os processos criem bolor nas prateleiras , e a morosidade nos julgamentos nos faz descrer da legalidade.
A professora abocanha a bochecha da criança que vive mordendo os coleguinhas, e a imprensa se volta apenas para noticiar a atitude dela, sem atentar para o comportamento inadequado da criança.
Os "holofotes da notícia" esquecem de alertar os pais sobre as atitudes dos filhos, que hoje são crianças, mas vão se tornar adultos, mal orientados, porque provavelmente são criados sem noção do mal que os atos violentos provocam na sociedade.
A vida torna-se uma banalidade e a morte uma pré-passagem fatal, como se a gente não tivesse mais nada ainda para fazer aqui.
A violência não respeita sonhos, contradiz a liberdade de esperar a morte e nos arremessa a ela, por uma bala perdida que afinal nos encontre.
CRÉDITOS:
Notícia: Jornal da Globo- Arsenal de Guerra no Rio! Tanques Blindados da Marinha ajudam na operação contra criminosos.
Texto: Lígia Beuttenmüller
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
ESPERANDO...
Não quero a serenidade do horizonte
Nem a calmaria dos mares
Nem a saudade sem ausência
A certeza torna rotineira a chegada...
Anseio o incerto
quero a precipitação de elétrons,
explodindo a vida.
O medo nos distancia
até mesmo do improvável.
Por isso, opto pelo risco,
prefiro pois na minha cama
a utopia de um amor vivido
do que a tristeza do não ceder
Que sejam todos dias , lutas travadas,
perdidas, ou vencidas
Não me permito, na calada da noite,
a desistência de mil batalhas.
Isso é o mais importante do verso
que quero dizer pra você.
Créditos:
Texto:Lígia Beuttenmüller
Música: Van der Lee- Esperando aviões
PRA TE ACOMPANHAR
É madrugada e o mundo foi dormir,
você ganha o sono,
eu a angústia do teu dormir.
Você acorda e eu ainda quero sonhar,
não necessito apenas de ombro e colo
preciso de todo o resto.
Não há ombro sem colo
nem os dois sem amor
Cada palavra,
cada virgula,
perde o senso
segue em outra direção.
O tempo me impede de esperar
em qualquer lugar de mim.
O corpo alimenta o espírito
e os dois se necessitam.
Texto:Lígia Beuttenmüller
Música : Los Hermanos - Último Romance
O HOJE DE CADA MANHÃ
A noite da sua ausência
é hora do alheamento
Entre mim e vc
Travessia noturna
Sem céu nem estrelas
Eu sou a sua melhor opção
Você é a minha melhor razão
Créditos
Texto:Lígia Beuttenmüller
Música Jota Quest -- Só Hoje - Clipe Oficial
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
O SEGREDO
Guarda o segredo,
Ele não pesa nem dói
É selo, sol , e flor
Salva e avassala continuamente
Sem contratempo
O inesperado se instala, entre surpresas
Sensações, cheiros, e risos.
Música na cabeça
Encanto na alma
Teu corpo no meu
Suspiro...
O dia debruça na minha janela
O horizonte corta o jardim
Mas não machuca as flores
O arco-iris sorri,
Mistura-se à chuva
Num verso alegre
Deixa o tempo ser seu papel
Eu digo bom dia ao nosso segredo
Que tem cor de céu e gosto de mel
Texto :Lígia Beuttenmüller
Música: Mais Um Na Multidão - Marisa Monte e Erasmo Carlos
ALÉM DA SUPERFÍCIE
O mundo muda
E eu me mudo
Calada, gritando,
Sussurando,
Sorrindo, amando
Vou a outro lugar
Ficar aqui na superfície
É levitar sem sair do chão.
O melhor mundo é o de dentro
A vida melhor é a de fora
Fora se vê
Dentro se vive.
TEXTO: Lígia Beuttenmüller
Música: Los Hermanos - Lisbela -
domingo, 21 de novembro de 2010
SEM ADEUS
Pode-se amar sem medo, intensamente?
Quem responderá a alma que ofega,
Ao corpo que silencia
se protegendo das palavras nuas , duras e cruas.
Aos gestos descoordenados pela incapacidade de amar,
Ao espírito que desnudo, encontra abrigo numa bolha de ar?
Ignora o chamado, pois já pode dizer:
A minha alma não precisa mais da tua.
Despede-se do passado com a certeza
que já aprendeu a não perder de vista
os olhos que enxergam os seus,
nem mãos, que se tocam suavemente
como se temessem o fortuito adeus.
É assim... Será assim...
Mesmo que o nunca
Possa se travestir de para sempre,
O passado, certamente, não é mais.
Não é mais nada.
TEXTO E IMAGEM: LÍGIA BEUTTENMÜLLER
Quem responderá a alma que ofega,
Ao corpo que silencia
se protegendo das palavras nuas , duras e cruas.
Aos gestos descoordenados pela incapacidade de amar,
Ao espírito que desnudo, encontra abrigo numa bolha de ar?
Ignora o chamado, pois já pode dizer:
A minha alma não precisa mais da tua.
Despede-se do passado com a certeza
que já aprendeu a não perder de vista
os olhos que enxergam os seus,
nem mãos, que se tocam suavemente
como se temessem o fortuito adeus.
É assim... Será assim...
Mesmo que o nunca
Possa se travestir de para sempre,
O passado, certamente, não é mais.
Não é mais nada.
TEXTO E IMAGEM: LÍGIA BEUTTENMÜLLER
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
LUGAR DE ENCONTRO
Lá existe um esconderijo
Onde o tempo não lembra
de acompanhar as horas
Os pesadelos não encontram o sono
Nem a alma sente medo
Nele o futuro se instala
Os sonhos se fundem
Para estraçalhar vazios.
Na viagem, o amor desliza
Conduzido pela brisa matinal
E na madrugada fria
Eu me impregno em tua pele,
Preencho poros
Arrepio pelos, instigo teus desejos
Nos banhamos de suor
E ao olhar teu rosto
Vejo nos teus olhos
O momento exato
Em que tua retina
Invade meu corpo
E rastreia as minhas vontades
Então liberto meu sorriso
Escancaro a alegria
Aprisiono o tempo
E sem frações nem fôlego
Deixo-o estático e intacto
Enquanto descubro
Amorosamente
Que o tic-tac, que escuto
É o eco do teu coração no meu.
MÚSICA : FREJAT - AMOR PRA RECOMEÇAR
TEXTO: LÍGIA BEUTTENMÜLLER
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
EU NO NINHO
Quando a paixão tresloucada, enlouquecida
inicia nossos amores,
as estrelas começam a cair do céu
e se alojam em nossas bocas.
A palavra ardente queima em desejos
escancara a janela entreaberta
olha-se no espelho
não vê devaneios nem insensatez.
Foge para perto, para dentro,
esconde-se de si mesma.
E no bailar da madrugada
deixa-se queimar em chamas
perde-se em si ,
e se encontra enfim,
Acorda do sonho
e acha um lugar,
para sossegar.
CRÉDITOS:
MÚSICA ESTOU APAIXONADO
-JOÃO PAULO E DANIEL-
TEXTO: LÍGIA BEUTTENMÜLLER
O FUTURO É A CHANCE
Diante do lago,
mergulho em mim,
no entorno,
o percurso da água toma seu curso
invade os meus vales
e inunda todos os meus recôncavos.
Encaro desejos e sonhos na torrente,
mas lembro de secar as nuvens
para que a terra não fique encharcada
nem afogue as flores.
A sombra do sol, a espessura do tempo
se alarga, abraça o vazio da espera
e eu grito para acordar o silencio.
Nas palavras mudas eu reduzo o mundo
numa loucura de carrossel,
e giro sem me entontecer.
O sonho, não se aparta da razão,
pois embala no peito o futuro
embora contradizendo o hoje
diz que ainda é cedo.
E amorosamente, o presente pressente
que é hora de abrir a porta
para diluir-se no passado e nas lembranças
É quando percebemos através da janela
que a madrugada está sugando o dia.
CRÉDITOS DE IMAGEM E TEXTO:
LÍGIA BEUTTENMÜLLER
A HORA E A VEZ
O tempo misteriosamente poético,
se mostra nesse entardecer, como se
a festa houvesse apenas começado.
Parece que a natureza se predispõe a ser romântica.
Assim, serpenteando a distância
Joga estrelas sobre as ondas.
Eu então, mergulho no crepúsculo
Intimo a brisa para acalmar os vendavais
E estampar o amanhã com estrelas
para confundir os desatentos.
Mas aos anjos deixarei que se
aproximem da minha alma
que tem andado ao relento e às vezes ao vento,
transbordante de amor e de paixão.
Nas noites solitárias tenho a tua companhia
e no relampejo das palavras ditas ao ouvido
deixo encharcar o meu corpo
e arrepiar minha pele.
Meu coração se transmuda
para ser borboleta ou girassol
Tudo isso me preenche com o infinito
e nada mais.
CRÉDITOS
MÚSICA: Fagner -- Borbulhas de Amor
TEXTO: LÍGIA BEUTTENMÜLLER
terça-feira, 26 de outubro de 2010
OS SEGREDOS DA LUA
A lua cochicha segredos com as estrelas
devem estar preparando banquetes
para os apaixonados
O tempo arranha as últimas horas
De uma madrugada infinda
E com sorrisos e acenos
Escolhe um blues, ou um jazz,
para dar requinte à trilha sonora.
Um bom vinho regará as palavras
que ornamentarão o começo de desejos e sonhos
os toques serão suaves
no emaranhado de flores e arco-íris
se despedindo da saudade.
Lamberão as nuvens
pixarão o sentido da felicidade
nos muros da cidade.
E nos tetos envidraçados as estrelas e a lua
apresentam um raro espetáculo
como se o céu fosse uma imensa tela de cinema em 3 D,
E num disfarce a face rubra
Segue o caminho do meu desejo
Sai da minha cama devagarzinho
Para cair abruptamente no teu querer
A ambivalência dos pés viajantes
não me dizem aonde estão agora
Mas sei por onde andam.
CRÉDITOS
MÚSICA : GRACIAS A LA VIDA -MERCEDES SOZA
TEXTO :LÍGIA BEUTTENMÜLLER
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
SEM MOLDURA, SEM ESCORA, SEM ESPORA
Hoje acordei com a sensação de revivência
De poder ilimitado sobre as coisas, no sentido de
revirar o mundo, sem catar-lhe os pedaços
deixá-lo apenas cair para depois se der, juntar os fragmentos.
Passar páginas, desocupar gavetas
e dar de pernas pelas esquinas da vida.
Queimar o ridículo e festejar conquistas
com a intensidade do novo de novo.
Pegar páginas em branco e escrever, escrever
sem bordar letras , nem pintar espaços
mas insinuar e incitar romantismo como se estivesse compondo uma sinfonia.
A sensibilidade aflora do coração às mãos
E me conduz para bem longe do óbvio.
Acredito no imensurável, no inesgotável.
E gosto, gosto de estar assim,
de asas lubrificadas para alçar vôo
sem a banalidade de outrora.
E sem rumo e sem rota desbravar o infinito,
o desconhecido, mas inevitável,
sem me preocupar com inflexões e reflexões
Deixar, ao menos hoje que a deriva, deslize e me conduza, que a sabedoria e a sensatez, descansem
E eu atravesse caminhos,
Corra risco, risque o espaço, atravesse nuvens
e sinta que o fim é uma trilha do recomeço, é bela e incerta, nada mais que um novo começo.
Os meus olhos brilham ,
e o meu coração se apazigua com a leveza de plumas,
sentenciado e condenado que está, a ser feliz.
Música : Ivan Lins e Simone
Texto : Lígia Beuttenmüller
terça-feira, 19 de outubro de 2010
O LAÇO QUE ENLAÇA
Aquela música voltou a tocar
é uma cantiga de ninar
para acordar e não fazer dormir
A vida
Se abriga no sofá macio, na cama larga
Novos minutos seguem o tempo
No provável, os improvisos
abrem novos risos, diante das surpresas.
Outras mensagens de amor
dão sabor à loucura
Entram na pele,
caminham entre montanhas , estradas e lagos.
O coração de novo aperta, não mais de medo ou dúvida,
Agora o aperto, é um abraço,
é um laço, que não corta nem sangra.
CRÉDITOS
TEXTO E IMAGEM: LÍGIA BEUTTENMÜLLER
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
O MENINO-DEUS NÃO SE CALA NEM MORRE: GRITA!!!
Depois de assistir o show de Bethania, comecei a sentir falta de músicas assim, casadas com a qualidade de letra e melodia. Gosto de acordes sonoros que lembram viagens celestiais, sem cair no Gospel, músicas que transportam a alma, e que a letra conte histórias verossímeis, que foge da ficção e da banalidade tão comum nos tempos de hoje. Ainda bem que o Chico Buarque ainda vive.
As que trazem à alma a sua humanidade, que nos fazem homens-anjos. Que nos dê a dimensão de que a vida é o somatório das nossas decisões atreladas aos nossos desejos e sonhos, além de suscitar em nós que é um dever ser feliz, embora saibamos que esse estado não tem governo , nem hora para se estabelecer, mas tem dignidade para terminar.
Na música Resposta ao tempo tem uma frase intensamente filosófica: "Os amores terminam no escuro”
Bom, terminam no escuro quando a relação não foi construída às claras, quando alguém se acovarda e não assume que o “sempre” escrito no verso de uma fotografia - roubada- não significava necessariamente o eterno, quando não se tem a clareza da decência, que é uma virtude de poucos.
Bom, terminam no escuro quando a relação não foi construída às claras, quando alguém se acovarda e não assume que o “sempre” escrito no verso de uma fotografia - roubada- não significava necessariamente o eterno, quando não se tem a clareza da decência, que é uma virtude de poucos.
Que terminar um relacionamento não é o fim, é apenas a possibilidade de um novo começo, e não de um recomeço. É convir que a Microsoft , não está nem ai, na concorrência da conspiração astral, e diferente de nós, como fracos mortais, não dispõe de um software que mascare a verdade.
A rede não depende do falho serviço sedex, mas tem a fidelidade do Call Filter, que dispensa a chamada indesejada. As fibras óticas são subservientes aos seus usuários, e honestas, sempre avisam a quem envia, se a mensagem não chegou ao destinatário,
A rede não depende do falho serviço sedex, mas tem a fidelidade do Call Filter, que dispensa a chamada indesejada. As fibras óticas são subservientes aos seus usuários, e honestas, sempre avisam a quem envia, se a mensagem não chegou ao destinatário,
Portanto, que as músicas se eternizem naqueles que valorizam o binômio menino – deus, e creem que no humano há um pedaço divino, aquele que nos faz amar.
Eis a diferença que nos torna diferentes.
CREDITOS DE MÚSICA :Nana Caymmi - Você Não Sabe Amar.
TEXTO: LÍGIA BEUTTENMÜLLER
sábado, 16 de outubro de 2010
VINDO (DE) VAGAR
De novo, nascendo, a vida chega
vinda de outro coração
de outro modo, do mesmo jeito
querendo, sonhando, desejando.
Com cheiro de mistério
vem vestida de cachecol,
para aquecer a minha alma
porque sabe que o meu corpo nu,
ainda, ainda sente frio.
Diz que o seu amor, quer em mim
fazer moradia.
Escancaro as portas do meu coração lacerado
para que nos sirva de abrigo
E fecho novamente as possibilidades
para o mundo.
MÚSICA : EXPLODE CORAÇÃO- MARIA BETHANIA
TEXTO: LÍGIA BEUTTENMÜLLER
O AMOR SEMPRE DÓI
Nada é tão interessante,
como experimentar a sensação
de ter a certeza de que alguém
quer falar e a gente não quer ouvir
Melhor calar, não atender,
e esperar que passe.
MÚSICA JOTA QUEST - TELEFONE
TEXTO: LÍGIA BEUTTENMÜLLER
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
CREPÚSCULO
Quantas cores tem o beijo de adeus?
Quais notas musicais tem uma canção de despedida?
Como o dia pode explodir em branco,
se trazia um arco-iris na bagagem?
E o olhar para aonde desviou sua atenção?
Que alma de fogo, perdeu-se nesse olhar?
Inquietações provam que na vida nada é permanente.
Tudo é uma ponte entre o que se vai e o que há de vir.
Passar por ela e seguir em frente, é crer que bem antes do adeus, as boas-vindas chegaram numa canção de crepúsculo.
Assim, como o Bolero de Ravel, não há ouvido
que não a ouça, nem lembrança que a esqueça.
CRÉDITOS:
TEXTO: LÍGIA BEUTTENMÜLLER
MÚSICA : BOLERO DE RAVEL -
MERGULHO NO CAOS
A memória insana ama o amor vencido, perdido
Deixa maneiro o coração.
Pensa em não lembrar
Porque precisa esquecer
Luta contra o tempo e apela para o não,
Que está à palma da mão.
Embarca a saudade para bem longe
para destruir as lembranças.
Apaga os rastros das coisas que findam
e descansa a vista nas belas paisagens
no entorno da orla marítima.
E sem culpas, nem gritos, assim sem alarido
Espera que a fonte esborre
com noites mais coloridas,
no mínimo com sol,
para assombrar-se com o brilho que cega.
Mas certamente trará a alegria de descobrir
um entendimento maior, cada vez que outro dia amanheça.
Eu sei que amanhecerá, amanhã será.
Música: Amor Maior - Jota Quest
TEXTO: LIGIA Beuttenmüller
DÊ ESPAÇO AO TEMPO
"Assim, no entanto, você pôde viver esse amor do único jeito que era possível, perdendo antes que ele acontecesse." Marguerite Duras
e enfatizar a viagem em torno do nada.
Por trás da película inerte,
Conseguiu ver-se, como se estivesse
frente a um translúcido espelho
pôde então, encarar as múltiplas faces
que gritavam surdamente a tempos.
A incredulidade que teimava com a fé
diante do espetáculo circense, desiste.
Senta-se, e acomoda-se diante
da mesa posta
Faminta devora
Cada pedaço do não
Arfa de barriga cheia
Vomita os doces da ceia farta
Mistura os cheiros de engenho e maresia
recupera o olfato e o fôlego
para pressentir a dor e o odor de silêncio e morte.
Cruza mares e oceanos
e viaja sem asas, aporta enfim,
Em si.
CRÉDITOS DE IMAGEM E TEXTO
Lígia Beuttenmüller
Não importa quanto tempo durou
para o abraço curto alongar os braçose enfatizar a viagem em torno do nada.
Por trás da película inerte,
Conseguiu ver-se, como se estivesse
frente a um translúcido espelho
pôde então, encarar as múltiplas faces
que gritavam surdamente a tempos.
A incredulidade que teimava com a fé
diante do espetáculo circense, desiste.
Senta-se, e acomoda-se diante
da mesa posta
Faminta devora
Cada pedaço do não
Arfa de barriga cheia
Vomita os doces da ceia farta
Mistura os cheiros de engenho e maresia
recupera o olfato e o fôlego
para pressentir a dor e o odor de silêncio e morte.
Cruza mares e oceanos
e viaja sem asas, aporta enfim,
Em si.
CRÉDITOS DE IMAGEM E TEXTO
Lígia Beuttenmüller
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
ENTRE O CORPO E A ALMA
Diante de ti,
ofegante, contemplo teu rosto,
como se eu tivesse percorrido desertos
para vir ao teu encontro,
ou houvesse nesse afã,
voado sobre a terra abraçada ao vento.
Desvio meu olhar para as tuas mãos
agora, tão próximas as minhas
busco apertar teus dedos
para aprisionar o momento
impedindo que o tempo corra,voe.
Volto a te contemplar,
e placidamente percebo quão perto
estão os teus olhos dos meus
Nossos cristalinos se confundem
nossas iris sorriem, se abraçam e dançam
Ah! se o mundo pudesse parar para ver
Que eu não sei te amar de outra forma
Assim, entre o corpo e a alma,
Assim, dessa maneira.
TEXTO: Lígia Beuttenmüller
Música : Maria Bethania / TUA (Adriana Calcanhotto)
terça-feira, 5 de outubro de 2010
A PORTA DO TEMPO
Quando o dia se inicia
e não é você quem abre a porta do tempo,
o sol fica menos brilhante
as cortinas e janelas não se abrem
para despertar a alegria
A vida então, se enche de dor
Não há dor que doa tanto
como aquela fantasiada do abandono
que brinca de ser Pierrot.
Não há dor que doa tanto
Que aquela provocada pelo silêncio
que emoldura a tua ausência.
A minha sombra passeou
de madrugada
na rua, na calçada.
Tristonha, calada e surda
estava acometida
pelos vestígios de uma noite
sem lembranças.
E pode crer:
Eu não quero me acostumar
a começar o dia
abrindo a porta do tempo, sem você.
Texto: Lígia Beuttenmüller
Música: Coracion Gitano - Alejandro Fernandéz e Beyoncé
CORAÇÃO OW... CORAÇÃO
Ow, coração
Como brigas com a razão
Quantas preocupações derramas
Num tempo desperdiçado
Te acalma, coração
Que o aprender nao cessa
Sempre haverá dor e alegria.
Todo dia, a cada dia.
Reflete e enfrenta o impasse.
Envolve a dúvida e lança para bem longe
ata a confiança enlaçando os dedos
Sossega e encanta a dor
Volta a ser um coração encantador
Se isso ainda é possível.
TEXTO: Lígia Beuttenmüller
Nana Caymmi - Música - Resposta ao tempo
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
GRANDE DEMAIS É QUASE NADA
Zé Ramalho e Geraldo Azevedo - O Amanhã é Distante
Certa vez, uma formiga olhou pra o céu e o viu tão longe que pensou jamais alcançá-lo, ai perguntou a uma laranja a sua frente, se para ela o céu também estava muito distante. A laranja falou, olha formiguinha, ao invés de você ficar calculando a distância entre o céu e você, e o quanto ele está lá longe, penso que seria melhor imaginar, que o mundo seja do meu tamanho, assim o céu não estará tão inalcançável para você.
A formiguinha parou e deitou numa folha do laranjal, para refletir melhor, e pensou, se eu achar que o mundo é do tamanho de uma laranja, realmente ele é, porque meus medos e meus sonhos são sempre do tamanho que eu os imagino .
Assim, fica mais fácil eu chegar até aonde eu quero ir, se sei para aonde vou, porque nada fica longe se a gente sabe o quanto está perto, e mesmo que à primeira vista tudo pareça inatingível, basta a gente mudar o foco para perceber que o longe, ora, o longe é um lugar que só existe para aqueles que não percebem que entre a terra e o céu , há sempre uma laranja, tão doce quanto o mel que a abelha se ufana em fabricar.
Grande demais? Não. Eu posso abraçar sem apertar, posso equacionar a distância e ver que se a certeza me induzir para dentro de mim, é lá que você vai estar, portanto, a distância da formiguinha para o céu ou para a laranja será do tamanho da que separa o meu coração do teu.
Eu sei, é quase nada!
Música: Zé Ramalho e Geraldo Azevedo
Texto:Lígia Beuttenmüller
VOCÊ SE PERDEU DE MIM
Você Perdeu
Composição: Márcio Valverde e Nélio Rosa
Noves fora, quase nada. E era de vidro o anel
Meia volta na ciranda. Não há estrelas no céu
Não tem saudade nem mágoa. Meu amor fala outra língua
De você o que naufraga. De você só o que míngua
Sua graça não me anima. O meu pranto não é seu
Já dobrei aquela esquina. Onde você me perdeu
Foi você quem se perdeu de mim
Foi você quem se perdeu
Foi você quem perdeu
Você perdeu
Vou dizer num verso breve. Pra por num samba-canção
Que hoje a minha vida é leve. Sem você no coração
Hoje tenho quem desvele. Quem me vista à fantasia
Quem escreva em minha pele. Coisas que eu não lhe diria
Hoje a minha vida rima. E agradeço àquele adeus
Que eu vi naquela esquina. Em que você me perdeu
Foi você quem se perdeu de mim. Foi você quem se perdeu
Foi você quem perdeu. Você perdeu
Bendita Bethania, bendito show, pude experimentar na leveza do caminhar dela, como é bom viver tirando os pés do chão.
Cada música me levou a inúmeros sentimentos. Via nos aplausos da platéia a mesma evocação que eu fazia e a mesma leitura que explodia em gritos de aquiescência, de liberdade, de percepção contundente, onde as letras das músicas ganhavam vida e entrelaçavam amores ou separavam vidas com extrema significação.
O público cantou em uníssono com Bethania sem acompanhamento músical "Viver e não ter a vergonha de ser feliz".
Nesse momento gritou acho que para todo mundo, bem, pelo menos para mim, como a vida é curta e como é bom traçar o que seja indiscutível para a possibilidade de ser feliz.
Ser feliz sem escancarar os dentes para esconder as tristezas inconfessáveis, mas revirar o coração e o cérebro e encontrar essa felicidade medonha que não se envergonha de ser feliz, sem medir o estrago que possa provocar na opinião alheia.
Hoje é o dia, e a cada amanhecer é o dia de lamber, degustar sol e flores, porque ainda não é a hora do adeus.
Qual o que? Destino eu traço na minha mão e não permito ferida nem rasgos no meu sentimento.
Eu determino se fico ou vou, eu construo ou destruo e com a mesma facilidade que um tufão arranca árvores, derruba estrelas, eu petrifico ilusões.
A mesma lágrima que cai e salga a minha língua, me faz sentir mais sede, e eu não recuo diante de um novo poço novo.
A vida não espera consertos, e o amor pede respeito até no reclamar da dor. O parto é sem mágoas , sem pena, sem saudade , sem dor, é o amor nascendo, renascendo como se fosse a primeira vez -Valisère-.
MÚSICA : MARIA BETHANIA
TEXTO : LÍGIA BEUTTENMÜLLER
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