sábado, 13 de março de 2010

LIVERDADE




Errei a grafia da palavra ... não, lógico que não, apenas juntei o sonho à realidade, e introduzi no campo dos signos verbais , mais uma possibilidade de unir “ser livre” sem mentir ou ocultar grilhões. Não aprisiono a vida, por isso voo em qualquer ceu qualquer mar e ainda me arrisco no teu deserto em busca do que não perdi.
Tenho certeza que o que deixei para trás não lembro, porque o que se esconde no “meu nem sei” não existe, mesmo que para ter essa certeza eu precise parir uma gravidez temporã ou abortar o que nem havia ainda sido inseminado.
Você não lembra, porque nem havia espaço para registro oficial , mas eu, eu revolvo lembranças utópicas, do que nunca vivi, mas senti. Enquanto isso, você ganha o sono no apagar das luzes, e eu amargo docemente na angustia de saber que o seu dormir me acorda, porque eu ainda quero sonhar de olhos abertos para uma vida que talvez não tenha, mas certamente acreditei ser possível.
Eu sei, que sonhos – não só os da padaria- alimentam a vida e o que se sonha acordado ou dormindo, como esquecer? Talvez para isso, seja necessário sublimar e se não houvesse essa possibilidade, porque então criaram esse vocábulo?

Créditos de Imagem e Texto
Lígia Beuttemnüller

Um comentário:

Anônimo disse...

Lígia,
Quão maravilhoso seria se pudéssemos revolucionar e alterar todos os vocábulos contidos nos dicionários da vida. Justapor palavras pela imposição da intensidade dos momentos e da afetividade contida em cada sílaba. Que bom seria, se pudéssemos excluir todos os hiatos e criar um novo vocábulo para resumir o que sinto pela sua arte e por suas telas: "Ligiamania"
Com o maior carinho do mundo
Olga/RS