O avanço tecnológico e científico nas ultimas décadas tem feito coisas incríveis, e as surpreendentes descobertas, vem incentivado o homem a criar instrumentos , softwares, e aparelhos dos mais sofisticados para inúmeros fins.
Minha avó materna, jamais poderia imaginar que se tivesse nascido numa época mais próxima, poderia ter decidido que eu não fosse filha da filha dela, pois poderia ter escolhido o sexo do bebê que viria naquela gestação, ai eu poderia ter sido filha do filho dela.
Ela teve 8 filhos, não precisou do “Yotaro” para que sua fertilidade fosse estimulada, nem soube que o Japão criou através da robótica esse bebezinho para encorajar os casais a aumentar sua prole.
Não pode saber também que aquele aparelho telefônico de cor preta, com discagem analógica iria ser substituído por um aparelho minúsculo chamado celular, com cores as mais variadas, funções fantásticas e discagem digital.
Ah...quantas coisas a morte nos faz perder, quantos espetáculos cibernéticos e naturais deixaremos de presenciar, quantos benefícios científicos deixaremos de usufruir, isso sem falar dessa novidade agora, que é a possibilidade de viver em plena verdade, pois não haverá mais um lugarzinho, para esconder nossas boas mentiras, depois dessa notícia que cientistas da Universidade Carnegie Mellon, na Pennsylvania, estão desenvolvendo uma tecnologia capaz de identificar pensamentos.
Volto meu pensamento enquanto é, somente meu, para a decorrência desse fato e já vislumbro um mundo sem Tribunal de Juri, a impossibilidade do amor faz de conta, a inoperância de projetos maquiavélicos, a falência dos detetives particulares, mas também me preocupo com o poder dos “Osama Bin Laden’s”, entre outras probabilidades que a ciência poderá desenvolver quando dominar essa técnica de ler mentes, e o pensamento se tornar de domínio público.
Outra temeridade minha é com os meus direitos autorais, a privacidade que me faz diferente por pensar diferente e poder guardar no meu cérebro essa diferença. Meu pensamento deixará de ser da minha propriedade, porque nada será de autoria particular, individual, minhas idéias não terão mais casa própria, serão de domínio coletivo.
Como não há ganho sem perda, ganharemos possivelmente ,com essa nova tecnologia o poder de saber segredos dos outros , mas perderemos o nosso baú de recordações, porque se pensarmos nas nossas lembranças, logo elas estarão expostas no Twitter, sem a nossa aprovação. Teremos acesso ao âmago das pessoas, mas certamente elas invadirão nossos porões. Terá graça a vida assim? Acabará tornando-se público então o amor que segredamos?
Quem viver responderá.
Texto e Imagem
Lígia Beuttenmüller
Não pode saber também que aquele aparelho telefônico de cor preta, com discagem analógica iria ser substituído por um aparelho minúsculo chamado celular, com cores as mais variadas, funções fantásticas e discagem digital.
Ah...quantas coisas a morte nos faz perder, quantos espetáculos cibernéticos e naturais deixaremos de presenciar, quantos benefícios científicos deixaremos de usufruir, isso sem falar dessa novidade agora, que é a possibilidade de viver em plena verdade, pois não haverá mais um lugarzinho, para esconder nossas boas mentiras, depois dessa notícia que cientistas da Universidade Carnegie Mellon, na Pennsylvania, estão desenvolvendo uma tecnologia capaz de identificar pensamentos.
Volto meu pensamento enquanto é, somente meu, para a decorrência desse fato e já vislumbro um mundo sem Tribunal de Juri, a impossibilidade do amor faz de conta, a inoperância de projetos maquiavélicos, a falência dos detetives particulares, mas também me preocupo com o poder dos “Osama Bin Laden’s”, entre outras probabilidades que a ciência poderá desenvolver quando dominar essa técnica de ler mentes, e o pensamento se tornar de domínio público.
Outra temeridade minha é com os meus direitos autorais, a privacidade que me faz diferente por pensar diferente e poder guardar no meu cérebro essa diferença. Meu pensamento deixará de ser da minha propriedade, porque nada será de autoria particular, individual, minhas idéias não terão mais casa própria, serão de domínio coletivo.
Como não há ganho sem perda, ganharemos possivelmente ,com essa nova tecnologia o poder de saber segredos dos outros , mas perderemos o nosso baú de recordações, porque se pensarmos nas nossas lembranças, logo elas estarão expostas no Twitter, sem a nossa aprovação. Teremos acesso ao âmago das pessoas, mas certamente elas invadirão nossos porões. Terá graça a vida assim? Acabará tornando-se público então o amor que segredamos?
Quem viver responderá.
Texto e Imagem
Lígia Beuttenmüller
Um comentário:
Lígia
Acredito que o homem,apesar de todos os avanços tecnológicos, ainda se mantém arcaico em seus objetivos de vida.Há muitas necessidades básicas a serem contempladas que dispensaria o investimento de tantos milhões de dólares. Em relação a essa nova possibilidade cientifica de ler a mente humana, acredito que ela possa, talvez num futuro muito próximo, esclarecer os motivos pelos quais os homens se omitiram na solução de problemas que, não desprezando a contribuição da ciência, poderia ser resumido num único questionamento: Porque,durante tantos e sofridos anos, o homem deixou de aplicar sua sapiência em prol dos problemas da humanidade??/
Lígia,minha admiração por vc cresce na proporção da beleza de seus textos.
Olga R/S
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