Quantos segredos um coração pode guardar, quantas verdades ele pode inventar, quanto tempo ele pode esperar, quanta ausência ele pode preencher, quantas trilhas ele pode caminhar, quantos descaminhos ele pode reconhecer ?
Cada caminho nos leva ou nos traz, depende da posição que estivermos diante dele, marcas são deixadas para entrar , permanecer ou sair. E essa decisão nos leva ao fim , ao começo, ou ao recomeço.
Há quanto tempo a fogueira apagou, e o S. João só virá no próximo ano , mas insistimos na utopia de prender quem veio e se foi, ou deixar solto quem nem vai chegar porque não encontra o caminho do bem querer ou do querer bem.
Como acreditar que o trem do futuro possa encontrar o retorno para buscar quem perdeu-se na última estação? Era primavera, as flores encantavam o mundo , os jardins e o coração, mas o inverno chegou , e ficar debaixo dos cobertores tentando aquecer a alma, enquanto as folhas despencavam das árvores por saber que sua época de florir os campos terminou, impede que vejamos , sintamos outras estações. O verão havia chegado para dizer que o que aquece tem por obrigação de espargir calor, se isso não aconteceu , certamente, apenas, nós , sós, soprávamos as brasas e nem conseguimos ver que só sobraram cinzas no céu, no mar , enfim. E a gente nem olha que a natureza se reciclou porque é mais cômodo permanecer debaixo daquele edredom que perdeu para o tempo as suas marcas, desbotou e não há pigmento que lhe traga novamente as cores copiadas do arco íris do que alçar voo, pretender, arriscar, trocar, ganhar, ou quem sabe perder, perder de novo. Mas o que importa mesmo , é saber que na tentativa houve, inúmeras possibilidades de estar e quem sabe ser . A aquarela sou eu, eu quero o colorido da vida aqui dentro de mim. Esse é o segredo da zenialidade.
P.S.
Zenialidade- estado ou capacidade de aguardar de forma paciente mas, impacientemente, o novo , que trará ou não , a paz ao meu coração .
Cada caminho nos leva ou nos traz, depende da posição que estivermos diante dele, marcas são deixadas para entrar , permanecer ou sair. E essa decisão nos leva ao fim , ao começo, ou ao recomeço.
Há quanto tempo a fogueira apagou, e o S. João só virá no próximo ano , mas insistimos na utopia de prender quem veio e se foi, ou deixar solto quem nem vai chegar porque não encontra o caminho do bem querer ou do querer bem.
Como acreditar que o trem do futuro possa encontrar o retorno para buscar quem perdeu-se na última estação? Era primavera, as flores encantavam o mundo , os jardins e o coração, mas o inverno chegou , e ficar debaixo dos cobertores tentando aquecer a alma, enquanto as folhas despencavam das árvores por saber que sua época de florir os campos terminou, impede que vejamos , sintamos outras estações. O verão havia chegado para dizer que o que aquece tem por obrigação de espargir calor, se isso não aconteceu , certamente, apenas, nós , sós, soprávamos as brasas e nem conseguimos ver que só sobraram cinzas no céu, no mar , enfim. E a gente nem olha que a natureza se reciclou porque é mais cômodo permanecer debaixo daquele edredom que perdeu para o tempo as suas marcas, desbotou e não há pigmento que lhe traga novamente as cores copiadas do arco íris do que alçar voo, pretender, arriscar, trocar, ganhar, ou quem sabe perder, perder de novo. Mas o que importa mesmo , é saber que na tentativa houve, inúmeras possibilidades de estar e quem sabe ser . A aquarela sou eu, eu quero o colorido da vida aqui dentro de mim. Esse é o segredo da zenialidade.
P.S.
Zenialidade- estado ou capacidade de aguardar de forma paciente mas, impacientemente, o novo , que trará ou não , a paz ao meu coração .
Eis a questão!
Créditos de Imagem e Texto
Lígia Beuttenmuller
5 comentários:
Lígia,
Eis o poder desse moço chamado coração: Nos eleva e ao mesmo tempo nos torna tão diminuto;nos faz sorrir diante dos beija-flores e no instante seguinte,nos mostra o total desencanto;nos faz sorrir à toa e,logo em seguida nos faz conhecedores de todas as lágrimas do mundo.
E o calor... que vc insiste em dizer que tem a obrigação de aquecer, também já perdeu suas referências ..e logo se mostra austero através de dilúvios de amor ou na solidão dos desertos onde os apaixonados não mais conseguem sobreviver e onde o caminho de volta apenas é visível através do trem das ilusões que já partiu sem dizer a hora do adeus.
Lindo...mais um para alimentar a alma e o coração.
Carinhosamente
Olga/RS
...ei! são tantas perguntas...tantas respostas...tantos ir e vir... contudo o colorido da aquarela sempre permanecerá vivo dentro de ti!... mesmo entre o "sim" e o "não"...!!! e viva a vida!...bjs. Mena Maria
Ei sei não visse... tá com sintomas de apaixonada. Retirou as férias do coração?
rsrrsrs
Bjs
Kaká
Lígia
Gostei tanto desse texto que me dei o direito de fazer um segundo comentário.
Sabemos que na vida quando uma porta da felicidade é fechada,uma outra é aberta,,mas porque insistimos tanto em olhar a porta fechada ignorando aquela outra que acabou de se abrir? Acredito que possa responder: é o sentimento do amor que nos envolve...e quando isso acontece percebemos que a vida não se conta pelo número de vezes que respiramos e sim, pelos momentos em que simplesmente...perdemos a respiração.
Um beijo em seu coração
Olga R/S
Lígia
Gostei tanto desse texto que me dei o direito de fazer um segundo comentário.
Sabemos que na vida quando uma porta da felicidade é fechada,uma outra é aberta,,mas porque insistimos tanto em olhar a porta fechada ignorando aquela outra que acabou de se abrir? Acredito que possa responder: é o sentimento do amor que nos envolve...e quando isso acontece percebemos que a vida não se conta pelo número de vezes que respiramos e sim, pelos momentos em que simplesmente...perdemos a respiração.
Um beijo em seu coração
Olga R/S
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